Estádio do Palmeiras terá sistema de revenda de ingressos contra cambistas

A AEG/Bluebox pretende criar um sistema de revenda de ingressos para os jogos e shows na Arena Palestra com o objetivo de manter o estádio com maior ocupação possível e coibir a ação de cambistas. A ideia é que aqueles torcedores ou clientes que comprem os bilhetes e não os utilizem possam comercializá-los por meio da própria empresa.

"Queremos instituir essa revenda, ajudando aquele que quiser repassar o ingresso. É uma forma de reprimir cambistas. Teremos um site específico para isso", afirmou Beto Lima, da BlueBox. O sistema repete o que já ocorre nos EUA.

A ideia da empresa é vender bilhetes de temporada para os torcedores palmeirenses. Estima, por exemplo, que 15 mil possam comprar esses ingressos por temporada o que já garantiria essa bilheteria. Neste caso, essas pessoas poderiam revender na internet uma entrada avulsa.

O torcedor não teria garantia de que receberia o dinheiro da venda, o que só aconteceria se de fato houvesse um comprador. Em compensação, em eventos ou jogos mais procurados, ele poderia obter mais dinheiro do que pagou.

"Um jogo disputado, por exemplo, ele pode pagar R$ 100 e revender por R$ 1.000. Mas também pode ter que revender pela metade do valor, o que, pelo menos não representaria um prejuízo inteiro", contou Lima.

Esse tipo de sistema já existe principalmente nos EUA. Em jogos de beisebol, já foi experimentado até o preço variável para determinados jogos. Isso significa que, de acordo com a procura, o valor da entrada para determinados lugares pode subir ou descer.

No caso do Palmeiras, o certo é que aqueles que comprarem os ingressos por temporada para jogos do Palmeiras terão a preferência para adquirir os bilhetes dos shows. Ou seja, se houver um show importante de artista internacional, ele terá um prazo determinado para comprar com antecedência seu bilhete.