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Vasco sofre com salários atrasados e tenta impedir novas ações na Justiça

O presidente Roberto Dinamite tem um desafio importante até a próxima sexta-feira - Pedro Ivo Almeida/UOL Esporte
O presidente Roberto Dinamite tem um desafio importante até a próxima sexta-feira Imagem: Pedro Ivo Almeida/UOL Esporte

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/04/2013 06h10

Além da má campanha na Taça Rio e o decisivo clássico contra o Botafogo pela frente, o Vasco tem um problema emergencial para resolver durante a semana. O clube está próximo de completar três meses de salários atrasados e tenta impedir novas ações de funcionários e jogadores na Justiça. Mesmo sem dinheiro em caixa, a expectativa dos dirigentes é a de quitar ao menos um mês até a próxima sexta-feira.

A situação é tema de debate na administração Roberto Dinamite diariamente. Os meses de janeiro e fevereiro não foram pagos. Março vence no próximo dia 5, mas existe um acordo com o elenco profissional para que o vencimento só ocorra no dia 20. No entanto, o atraso do terceiro mês já é considerado completo na próxima sexta. A situação configura a possibilidade de novas ações na Justiça de jogadores buscando a rescisão contratual.

O Cruzmaltino perdeu recentemente o goleiro Fernando Prass e o volante Nilton desta forma. Embora, a diretoria venha participando ao elenco sobre o trabalho para quitar os atrasados, a cúpula de futebol reconhece a viabilidade da situação. Diretor geral do Vasco, Cristiano Koehler não tem medido esforços para resolver parte do impasse. Até o momento, a solução não foi encontrada.

Apesar disso, o otimismo de que a questão possa ganhar um alívio durante a semana existe nos bastidores. A expectativa de antecipar receitas é considerável nos corredores de São Januário. Recentemente, o clube teve apenas uma vitória na Justiça após receber a última parcela da Eletrobrás. Nela, embolsou algo em torno de R$ 1 milhão. O dinheiro da venda do zagueiro Douglas também contribuiu para pagamentos passados.

Se a situação dos jogadores preocupa, a dos funcionários não é diferente. Muitos estão sem dinheiro para trabalhar e dependem das contribuições dos chefes de setor. O acerto com um novo patrocinador - o clube negocia com a montadora Nissan desde 2012 - é tratado como solução futura. O trabalho para enxugar a folha ainda está em curso e torna-se cada vez mais necessário. Entre presente e futuro, o Vasco não vê alternativa. Arrumar recursos até sexta-feira é a prioridade da semana na administração Roberto Dinamite.

Em campo, o time tenta manter viva a possibilidade de classificação às semifinais da Taça Rio. Para isso, apenas a vitória interessa no clássico contra o Botafogo, quarta-feira, às 19h30, em Volta Redonda.

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