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Botafogo cogita devolver Engenhão à Prefeitura do Rio, diz jornal

Engenhão foi interditado pela Prefeitura do Rio por problemas estruturais há 1 semana - EFE/Marcelo Sayão
Engenhão foi interditado pela Prefeitura do Rio por problemas estruturais há 1 semana Imagem: EFE/Marcelo Sayão

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/04/2013 09h10

Insatisfeito pelas sucessivas perdas financeiras desde a interdição do Engenhão, o Botafogo cogita devolver o estádio para a Prefeitura do Rio. De acordo com o jornal O Globo, o presidente Maurício Assumpção está próximo de tomar a decisão de rescindir o contrato de concessão. Uma reunião com todos os conselhos e poderes do clube na tarde de quinta-feira estaria definida para discutir a opção do mandatário alvinegro.

Casa do Botafogo nos últimos seis anos, o Engenhão foi interditado há exatamente uma semana. A Prefeitura alegou problemas estruturais na cobertura e consequente risco aos torcedores para fechar por tempo indeterminado o estádio construído para os Jogos Pan-Americanos do Rio-2007. Após a decisão, partidas dos grandes times cariocas no Estadual sofreram mudanças de locais e datas.

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  • Folhapress

Assumpção, segundo O Globo, irá se reunir com o prefeito Eduardo Paes. Em encontros anteriores, o político tentou minimizar os prejuízos do Botafogo, mas não convenceu o cartola alvinegro. A principal decepção do Botafogo foi perder a oportunidade de assinar acordo de naming rights do Engenhão. Uma definição a respeito dos direitos de propriedade do nome do estádio renderia R$ 30 milhões aos cofres do clube.

O Botafogo já sabe que uma empresa interessada desistiu da negociação – não deseja retomar discussões nem mesmo no futuro. O clube montou equipe de advogados para buscar responsáveis pelos danos financeiros. O Alvinegro não pode mandar jogos no Engenhão, nem alugá-lo e terá que rever contratos relativos a camarotes vendidos e placas de publicidade.

O movimento para entrega do Engenhão à prefeitura é liderado pelo ex-presidente e conselheiro Carlos Augusto Montenegro. “Não estamos vendo outra solução. Não há. A serventia para o Botafogo acabou. O clube não tem condições de gerenciar. Mesmo que a prefeitura arque com a manutenção, não haveria tanto lucro”, comentou o cartola.

O Botafogo se exime de todos os problemas que o Engenhão apresenta desde o início da concessão, em 2007. O UOL Esporte apurou que a prioridade da diretoria é encontrar opções neste período de interdição do estádio. Uma das alternativas do clube é a reforma do Caio Martins e a volta da equipe à sua velha casa, muito utilizada nos anos 90.

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