Prefeitura estuda indenização ao Botafogo por interdição do Engenhão

O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, se reuniu nesta quarta-feira com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. O assunto que norteou a conversa foi a interdição do Engenhão. O mandatário do Alvinegro buscou uma resposta sobre o tempo em que poderá utilizar novamente o estádio, mas não obteve uma resposta. Assim, o dirigente propôs que o clube de General Severiano seja ressarcido, o que não foi descartado e será estudado pelo político.
A situação financeira é o que mais preocupa o Botafogo com a interdição do Engenhão. Além da manutenção, o clube perde também o investimento de patrocinadores. Além disso, o Alvinegro estava em fase final de negociação com uma empresa para o naming right - pagar pelo direito do nome - do estádio e deixou de lucrar R$ 30 milhões por ano, segundo o jornal Extra.
Por esse motivo, existe uma corrente dentro do Botafogo que apoia a devolução do Engenhão para a Prefeitura. O principal entusiasta neste sentindo é o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, que convocou uma reunião extraordinária com o conselho deliberativo nesta quinta-feira, às 18h, em General Severiano.
Oficialmente o Botafogo ainda não admite devolver o Engenhão para a prefeitura, embora seu departamento jurídico esteja estudando todas as possibilidades. Atualmente, o clube aguarda uma decisão final sobre o período de interdição do Estádio Olímpico João Havelange. Caso demore mais de cinco meses, o objetivo é reformar o Caio Martins, em Niterói, e mandar seus jogos na velha casa alvinegra – muito utilizada pela equipe na década de 90.
O Engenhão foi interditado há mais de uma semana por causa de problemas na cobertura. Uma empresa alemã foi contratada pelas construtoras do estádio e aconselhou o fechamento imediato, já que havia risco de desabamento com ventos acima de 63 km/h. Atualmente, o Botafogo permanece treinando no campo principal e anexo, além de utilizar vestiário e sala de imprensa do local.
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