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Obras na Arena Palestra ficarão paradas até quarta em sinal de luto

Carro do IML chega à Arena Palestra para remover corpo de operário - Mauricio Duarte/UOL
Carro do IML chega à Arena Palestra para remover corpo de operário Imagem: Mauricio Duarte/UOL

Do UOL, em São Paulo

15/04/2013 18h39

O operário morto no desabamento de uma parte da arquibancada da nova arena do Palmeiras na manhã desta segunda-feira era funcionário da TLMix, empresa prestadora de serviço contratada pelo WTorre para o fornecimento e montagem dos pré-moldados em concreto. Carlos de Jesus,34, ficou embaixo da viga que desabou. As empresas divulgaram comunicado dizendo que as obras ficarão paradas até quarta-feira em sinal de luto.


A WTorre afirmou que “tem oferecido assistência psicológica e material aos familiares de Carlos de Jesus”.  Ainda de acordo com eles, os mesmos cuidados estão sendo dispensados ao outro funcionário ferido no acidente, Crispianiano Santos. Ele foi levado ao Pronto Socorro da Santa Casa com escoriações na região lombar e no ombro direito. O quadro dele é estável, segundo o primeiro atendimento dos médicos, mas o paciente ainda passa por outros exames.

Um dos lances da arquibancada superior da Arena Palestra desabou na manhã desta segunda-feira e um funcionário morreu e outro ficou ferido. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros. Quatro vigas caíram sobre cinco trabalhadores, mas três deles escaparam ilesos. Em nota, a empresa responsável pela construção, a WTorre, informou que as causas do acidente estão sob investigação e ainda não é possível apontar os motivos da ocorrência.


O corpo do funcionário que morreu foi retirado pelo Instituto Médico Legal por volta das 15h45 da tarde desta segunda. As obras estão paralisadas por tempo indeterminado. O acidente ocorreu por volta das 11h30. 

 

FUNCIONÁRIO RELATA DRAMA E COBRA FISCALIZAÇÃO RÍGIDA NA ARENA

  • O operário Rogério Pereira dos Santos trabalhava na construção quando um dos lances de arquibancada desmoronou. Ele foi a primeira testemunha do acidente que resultou na morte de um funcionário a falar na saída do estádio. Chorando muito, Rogério não determinou culpados, mas houve um pedido para que uma rígida fiscalização seja feita no local antes que as obras sejam reiniciadas.

    “Estava trabalhando próximo ao local e ouvi um barulho muito forte. Logo vi um corpo rolando na arquibancada. Todo mundo aqui está muito abalado. Fica uma mensagem geral para que uma grande fiscalização seja feita”, disse Rogério.

    “Todas as medidas de segurança foram tomadas. Aqui nós fazemos treinamentos e ouvimos palestras para evitar esse tipo de problema. Não é culpa da empresa (W Torre). Talvez pode ser um erro de engenharia. O certo é que foi uma fatalidade e estamos inseguros. Ninguém sabe o que pode acontecer”, complementou.

DESABAMENTO NA ARENA MATA UM E DEIXA OUTRO FERIDO