Boas campanhas no início do ano elevam médias de público dos rivais em BH

Eufóricos com o bom início de campanha dos rivais Atlético-MG e Cruzeiro nesta temporada, os torcedores dos dois clubes respondem com o comparecimento em bom número aos jogos disputados como mandante. Dessa forma, as equipes atleticanas e cruzeirense têm lugar no ranking das três melhores médias entre os grandes clubes brasileiros, que disputam os principais campeonatos estaduais – Paulista, Carioca, Gaúcho e Mineiro –, ficando atrás apenas do Corinthians.

O Atlético-MG comemora a melhor campanha na Libertadores, com a primeira colocação geral da fase de grupos garantidas com uma rodada de antecedência. Já o time celeste é o único invicto entre os participantes das três primeiras divisões do futebol brasileiro. O Cruzeiro, que enfrenta o Nacional, nesta terça-feira, às 19h30, pelo Campeonato Mineiro, venceu nove e empatou uma partida, em 10 compromissos este ano, sendo nove pelo Estadual e um, vitória de 3 a 0 sobre o CSA, pela Copa do Brasil. 

O resultado dessa performance positiva da dupla de rivais de Minas tem sido jogos como mandante com uma boa média de público, superando a maioria dos clubes grandes na temporada. Apenas o Corinthians, com o apelo da Libertadores e também com o programa sócio-torcedor consolidado, tem média superior: 24 mil torcedores por partida.

O Cruzeiro é quem mais se aproxima do time paulista. A atração pelo novo Mineirão, o aumento de integrantes no programa de sócio-torcedor e o bom início de temporada motivaram os torcedores a comparecem ao Gigante da Pampulha e atingirem 21 mil pessoas, em média de publico.

O maior público celeste foi registrado no clássico com o Atlético-MG, na abertura do Mineirão, com estádio dividido entre as duas torcidas, em que 52.989 pessoas pagaram ingressos para assistir a vitória celeste, por 2 a 1. “A presença do torcedor tem sido muito importante para a gente, tem nos apoiado bastante”, destacou o meia Everton Ribeiro.

O meia-atacante Ricardo Goulart revela que os jogadores cruzeirenses têm saído com rouquidão por causa do barulho dos torcedores. “Fica até meio difícil de falar, tem jogadores que saem rouco, em uma distância curta a gente não escuta. Então, a gente procura falar no pé no ouvido”, comentou o ex-jogador do Goiás, revelando a estratégia celeste.

Atuando no Independência, estádio que tem capacidade bem menor que a do Mineirão – 23 mil pessoas –, o Atlético aproveita a boa fase do time, que começou na temporada passada e colocou, em média, 14 mil pessoas, por jogo, válidos pelo Campeonato Mineiro e Libertadores.

O estádio tem virado um verdadeiro “caldeirão” e o clube ainda não perdeu no Independência, desde que o estádio foi reabertura após uma grande reforma. A “estrela” Ronaldinho Gaúcho e a campanha impecável na Libertadores também contribuem para o torcedor comparecer ao estádio.

“A torcida está animada com o momento do time, que vem bem, está ganhando, mostrando bom futebol. Todos estão animados e isso a gente vê jogando em casa, com apoio de todos os torcedores. Por isso, o Atlético é tão forte em casa, não perde há vários jogos”, observou o volante Richarlyson.

A média de público atleticana, por exemplo, é o dobro dos clubes cariocas, como Botafogo, Vasco e Flamengo que têm a presença de 7 mil torcedores, por partida. Em São Paulo não é diferente, São Paulo e Santos (11 mil, cada), além de Palmeiras (8 mil) são menores que os clubes mineiros. Levando-se em conta os demais clubes classificados para a Série A do Brasileiro, o Bahia, com 23 mil pagantes, em média, estaria também `Pa frente da dupla Cruzeiro e Atlético-MG.

A expectativa no Cruzeiro e Atlético-MG é que as médias de ambos cresçam no mês de abril. Os clubes entram na reta final do Campeonato Mineiro. O time alvinegro também começará a disputa da fase de mata-mata da Libertadores.