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Abel se empolga no Flu, analisa Venezuela e critica líder norte-coreano

Líder Kim Jong-un foi tratado por Abel Braga como "menino forte da Coreia do Norte" - KCNA/Reuters
Líder Kim Jong-un foi tratado por Abel Braga como "menino forte da Coreia do Norte" Imagem: KCNA/Reuters

Renan Rodrigues

Do UOL, no Rio de Janeiro

18/04/2013 11h00

A entrevista coletiva na véspera da partida entre Fluminense e Caracas tinha como principal assunto o duelo pela Libertadores. Mas o técnico Abel Braga se empolgou e foi além. Coreia do Norte, as eleições na Venezuela e até o governo Dilma viraram tema da conferência de imprensa na última quarta-feira, nas Laranjeiras. O comandante carioca mostrou preocupação com a tensão no país asiático e comentou a influência que um resultado negativo da equipe venezuelana pode ter neste momento pós pleito.

"Os resultados que existem no futebol sempre têm consequências, podem ser positivas, negativas. Talvez, por ser uma equipe de Caracas, da capital, até aumente a vontade dos jogadores. Um bom resultado, uma classificação, talvez amenize um pouco o que estão vivendo. Mas acho que tem que ficar só na esfera esportiva", analisou o treinador Abel Braga.

Após a eleição presidencial venezuelana do último domingo, que elegeu por uma pequena margem o chavista Nicolás Maduro, a oposição apresentou nesta quarta-feira um pedido formal ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para a recontagem de 100% dos votos. A disputa elevou a tensão social no país, já que, diferente dos últimos pleitos, a vantagem da situação foi mínima desta vez. Abel Braga também comentou sobre política nacional e até sobre a Coreia do Norte.

"Vivemos em uma democracia. Pouca coisa ocorre nesse país. Tivemos muitas coisas boas desde que a Dilma assumiu, agora parece que caminham da maneira que caminhavam antes. Situações desagradáveis surgem, e no fundo, nada acontece. Agora, uma situação chata que acontece atualmente é com o garoto forte, o menino forte da Coreia do Norte [o ditador Kim Jong-un]. Declarações de uma arrogância inacreditável, algo que preocupa", completou o treinador do Fluminense.

A tensão entre Coreia do Norte e a irmã do Sul fez um grupo de estrangeiros deixar a capital Pyongyang no último sábado. A ONU também tem tentado um diálogo entre os dois países vizinhos. Desde o início de abril, os sul-coreanos não tem acesso a região industrial localizada a dez quilômetros da fronteira. 

Análises políticas de lado, o Fluminense enfrenta o Caracas precisando de um empate para avançar às oitavas de final da Copa Libertadores. A partida acontece nesta quinta-feira, às 22h, em São Januário. Em caso de vitória, o time das Laranjeiras também confirmará a liderança do grupo 8.