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Dedé entra na Justiça para driblar bloqueio e poder atuar pelo Cruzeiro

O zagueiro Dedé busca os seus direitos na Justiça para poder atuar pelo Cruzeiro - Washington Alves/Vipcomm
O zagueiro Dedé busca os seus direitos na Justiça para poder atuar pelo Cruzeiro Imagem: Washington Alves/Vipcomm

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/04/2013 18h23

O que era esperado nos bastidores foi consumado nesta quinta-feira. O zagueiro Dedé entrou na Justiça do Trabalho para obter o desbloqueio dos direitos federativos e reunir condições para atuar pelo Cruzeiro. A iniciativa se deu por conta da barração da transferência para o clube mineiro em razão de dívidas do Vasco com a Fazenda Nacional.

Os representantes do camisa 26 decidiram tomar providências para viabilizar o direito do atleta em exercer a sua profissão independente do imbróglio envolvendo o antigo clube. Mas o zagueiro já não pode atuar no Campeonato Mineiro devido ao encerramento das inscrições. Inicialmente, a estreia só deve ocorrer no confronto contra o Resende, dia primeiro de maio, pela segunda fase da Copa do Brasil. Atualmente, o Cruzmaltino tem cerca de R$ 20 milhões penhorados por conta do passivo de R$ 50 milhões com a Fazenda Nacional.

O Vasco recebeu R$ 13 milhões do Cruzeiro e usou o montante para quitar salários atrasados, FGTS e demais acordos judiciais. O clube carioca ainda tem pouco mais de R$ 1,3 milhão parcelados para receber e que podem ser desviados diretamente para a Fazenda caso não aconteça um acordo.

Apesar da justificativa, o Cruzmaltino terá de prestar contas na Justiça para comprovar os gastos em torno dos valores pagos pelo Cruzeiro. No entanto, o clube mostra-se arredio sobre a possibilidade após a iniciativa do atleta em buscar os seus direitos.

“O Vasco foi intimado, mas tudo se desenrolou desde sexta-feira, e os valores deveriam ser destinados ao pagamento da dívida com a Fazenda. O clube pode até prestar contas, mas não irá fazê-lo. O Dedé ingressou na Justiça do Trabalho para tentar a sua liberação. O Vasco vai recorrer dessa liminar”, explicou Marcelo Macedo, advogado do Vasco, à Rádio Tupi.

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