Diretor são-paulino se revolta com gerente do Atlético-MG: "ele veio pedir emprego"
A guerra aberta por clubes contra o São Paulo não deve terminar tão cedo. Nesta sexta-feira, foi a vez do gerente da base do Atlético-MG, André Figueiredo, atacar Adalberto Baptista, diretor de futebol do time do Morumbi. Segundo o dirigente mineiro, o são-paulino mostra desconhecimento e soberba ao ignorar as reinvindicações dos times que criticam a ação tricolor na base.
Em entrevista ao site da ESPN, Figueiredo lembra que o movimento começou com a presença de Ney Franco, hoje técnico do São Paulo e, na época, empregado na CBF (Confederação Brasileira de Futebol), e Renê Simões, hoje diretor executivo do Vasco, mas, no início do movimento, coordenador de base são-paulina.
"Todas as pessoas que estão no movimento são gerentes de futebol respaldadas pelo seus presidentes. Mas a soberba do São Paulo faz com que ele fale isso. O São Paulo assedia jogadores dos outros clubes, assediou do Goiás, do Prudente, da Ponte, e faz isso há muito tempo", disse Figueiredo. "A gente não quer se envolver com os organizadores de torneio, nós somos convidados e temos o direito de ir ou não ir. Ele [São Paulo] é soberbo, ele é todo-poderoso, ele que vá sozinho".
Em contato com o UOL Esporte, Adalberto voltou a afirmar que não se importa com o boicote e disse ter muito respeito pela direção do time profissional do Atlético-MG. Ele ainda respondeu o atleticano afirmando que está, sim, por dentro de tudo o que acontece no Centro de Formação de Atletas de Cotia.
"Tenho o maior respeito pela direção do Atlético, principalmente pelo presidente Kalil e pelo Eduardo Maluf. Mas fico extremamente decepcionado em saber que um clube da grandeza do Atlético-MG tem as categorias de base dirigida por este senhor", disse Adalberto. "Importante informá-lo que conheço muito bem o que se passa em Cotia, inclusive, que este senhor lá esteve no ano passado para pedir emprego, e que não foi acolhido justamente pela estreita relação que mantém com empresários", completou.
Na última quinta-feira, os clubes oficializaram que não participarão de torneios de categorias de base em que os são-paulinos estiverem. Adalberto minimizou o protesto, diz não reconhecer a Abex (Associação Brasileira dos Executivos de Futebol), que organiza os protestos, e confirmou a participação na Copa 2 de Julho, em Salvador.
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