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Fla fecha 1º 'pacotão' e descarta medalhões mesmo com R$ 73 mi em caixa

Diego Silva (e) e Paulinho foram os primeiros reforços do Fla para sequência do ano -
Diego Silva (e) e Paulinho foram os primeiros reforços do Fla para sequência do ano

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

08/05/2013 06h10

O Flamengo apresentou Diego Silva e Paulinho, confirmou a contratação de Bruninho e espera anunciar as chegadas de Marcelo Moreno e Val ainda nesta semana. Com os cinco novos nomes, o rubro-negro fechou seu primeiro pacotão de reforços para a sequência da temporada. E o clube da Gávea não deverá ter maiores novidades para as disputas de Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.

Mesmo com R$ 73 milhões em caixa neste ano – somado os patrocínios de Adidas (R$ 35 milhões), Caixa (R$ 25 milhões), Peugeot (R$ 10 milhões) e TIM (R$ 3 milhões) –, o Flamengo não irá investir esta verba em reforços de peso. A ordem é utilizar tal montante para o pagamento de dívidas, o que impede a viabilização do sonho de grande parte da torcida de contratar uma grande estrela nesta temporada.

Fla assina com a Caixa e receberá R$ 25 milhões por um ano de contrato

  • Pedro Ivo Almeida/UOL

    O Flamengo oficializou no final da noite desta terça-feira sua parceria com a Caixa Econômica Federal. Em reunião do Conselho Deliberativo, o contrato de R$ 25 milhões foi aprovado por unanimidade pelos 400 conselheiros presentes e, finalmente, assinado. O contrato terá duração de um ano com opção de renovação por mais 12 meses. Otimista, a diretoria do Flamengo espera que a Caixa estampe os uniformes rubro-negros até o meio de 2015 (leia esta matéria completa)

“A torcida precisa entender que a linha de negociação é essa. Temos uma prioridade, que é o pagamento de dívidas. Fechamos esses nomes e vamos buscar outros para compor o elenco. E está difícil de encontrar”, explicou Wallim Vasconcellos.

“Não teremos grandes estrelas. Isso só será possível em caso de parceiros. Mas no momento não é prioridade. O mercado está difícil. Mas a torcida pode ter certeza que estes jogadores que estão chegando vão nos representar muito bem”, amenizou o dirigente.

O vice-presidente de marketing do clube, Luiz Eduardo Baptista, foi além e fez um pedido à torcida. Segundo ele, esta situação só poderá ser revertida com a adesão de rubro-negros ao programa de sócios.

“Hoje, não temos condições de trazer um grande nome. Mas a torcida pode mudar isso no futuro. Só peço que todos se associem ao ‘Nação rubro-negra’ [programa de sócios]. As verbas de patrocinadores serão destinadas ao pagamento de dívidas, e só este dinheiro dos torcedores será destinado ao investimento no futebol. Se querem reforços, basta ajudar. Toda a renda do programa de sócios irá para contratação e manutenção do time”, assegurou Baptista.

Dificuldade com Ibson e Alex Silva
E enquanto não consegue trazer jogadores de peso, o Flamengo sofre para se desfazer de outros, como Ibson e Alex Silva. Liberados para buscar novos clubes, o meia e o zagueiro não têm conseguido sucessos nas negociações e têm representado um peso no orçamento rubro-negro.

“Liberamos os dois, mas não tem clube interessado ainda. E se há um contrato, temos que continuar pagando. Não é bacana. Podemos tentar um acordo em breve, mas ainda não vimos nada”, disse Wallim Vasconcellos.

TÉCNICO JORGINHO EXPLICA A NECESSIDADE DE REFORÇOS NO FLAMENGO

VOLOCH: SERÁ QUE O "BOM E BARATO" FUNCIONA?

  • Exigente e preocupada com o desempenho no campeonato estadual, a torcida exigia atitude da diretoria do clube. A resposta demorou, mas chegou. 4 numa tacada só. O pacote chama atenção. Nesse primeiro momento, muito mais pela quantidade, do que especificamente pela qualidade. O conteúdo é o que mais importa. Diego Silva, Paulinho, Bruninho e Val são desconhecidos do grande público e como de hábito chegam sob desconfiança da maioria. A política do bom, bonito e barato funciona na teoria, mas na prática muitas vezes não resolve.