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Para escapar da crise, São Paulo estuda voltar a refúgio em Cotia

São 11 campos em Cotia destinados às categorias de base do São Paulo - São Paulo Futebol Clube/oficial
São 11 campos em Cotia destinados às categorias de base do São Paulo Imagem: São Paulo Futebol Clube/oficial

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo (SP)

10/05/2013 06h01

A partir desta sexta-feira, serão mais 16 dias para o São Paulo respirar a crise que se enfiou ao ser eliminado do Paulista e da Libertadores em menos de uma semana, com direito a goleada por 4 a 1 diante do Atlético-MG. E para tentar respirar ares mais calmos, a diretoria do time paulista estuda ir para seu tradicional refúgio, em Cotia, na região metropolitana. 

A ideia dos tricolores é aproveitar o tempo que terão sem nenhum jogo oficial para concentrar o grupo e tentar reorganizar a bagunça deixada pelo atropelamento do Atlético-MG, como definiu Ney Franco. Esse foi um dos temas do encontro entre diretoria e comissão técnica após a queda. 

 

Em Cotia, os jogadores têm o hotel para ficarem concentrados e diversos campos à disposição do treinador para os diversos  trabalhos, inclusive jogo-treino que pode acontecer nesta intertemporada. Isso sem contar a completa estrutura do Reffis para recuperar os atletas que estão machucados, como é o caso de Aloísio, Rhodolfo e Osvaldo, por exemplo. A pré-temporada já havia sido feita nessa cidade, com direito até a torneio de pescaria. 

Não à toa que o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, não cansa de repetir que a estrutura do CFA Laudo Natel (Centro de Formação de Atletas) é referência no mundo. Ele usa a estrutura do local, aliás, como escudo para as acusações de aliciamento. Os jovens querem defender o time por causa disso, alega o cartola.

Além de se refugiar em Cotia por um período, Ney Franco também precisará correr contra o tempo para reorganizar sua equipe. O comandante afirmou na noite de quarta-feira, momentos após a eliminação da Libertadores, que já tinha uma lista de prioridades para contratações e, usando a palavra reciclagem, deu a entender que algumas dispensas podem acontecer.

O comandante sente muito a falta de um lateral direito de ofício. Paulo Miranda e Rodrigo Caio têm atuado por ali, mas ainda não convenceram. Douglas, que é o jogador da posição, tem sido usado muito no ataque.  Pela esquerda, Cortez e Carleto também não convenceram. O primeiro, aliás, pode ser envolvido em alguma negociação.Outros temas mais espinhosos ainda serão discutidos no breve futuro. O principal deles é a utilização de Lúcio. O zagueiro veio com pompa de pentacampeão, salário no teto, girando em torno de R$ 400 mil, e, até agora, não convenceu.