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Vice do Corinthians chama São Paulo de 'cachorrinho de madame' e seca Ney Franco

Rosenberg aproveitou o momento do São Paulo e fez brincadeiras com eliminação - Julia Chequer/Folhapress
Rosenberg aproveitou o momento do São Paulo e fez brincadeiras com eliminação Imagem: Julia Chequer/Folhapress

Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

10/05/2013 06h02

Já conhecido pelo estilo polêmico e falastrão, o vice presidente do Corinthians, Luís Paulo Rosenberg, não perdeu a chance de tirar sarro da crise do São Paulo. O dirigente chamou os rivais de ‘cachorrinho de madame’ e ainda secou o técnico Ney Franco no cargo.

Em palestra no clube Hebraica na noite desta quinta-feira, Rosenberg soltou o verbo para falar do time tricolor e até chamou o presidente Juvenal Juvêncio de velhinho. “Tem clube que tem aquele velhinho que não sai de lá, mesmo se o clube virar cachorrinho de madame, como agora que toma banho no domingo e é levado para passear na quarta-feira”.

O cartola atualmente afastado de suas funções no clube fez alusão à derrota são-paulina nos pênaltis para o Corinthians na semifinal do Campeonato Paulista e à goleada sofrida para o Atlético-MG por 4 a 1, na última quarta-feira, que custou a eliminação nas oitavas de final da Copa Libertadores.

Rosenberg insistiu com as provocações ao fazer uma profecia sobre o futuro de Ney Franco. Ele disse que o clube do Morumbi vai ‘imitar’ o Corinthians, que manteve Tite quando foi eliminado na pré-Libertadores para o Tolima-COL, em 2011. No entanto, ele prevê que a estratégia não terá o mesmo sucesso.

“A tigrada (jogadores do Corinthians) estava pensando em outra coisa e não no jogo (contra o Tolima). Podia ter havido uma revolução, mas conversamos com a torcida e mantivemos o técnico. O time do cachorrinho de madame vai tentar fazer a mesma coisa agora, mas não vai dar certo”.

Sem papas na língua, ele chegou a chamar os rivais de ‘frutinha’. “O são paulino é o torcedor mais racional de todos. Ele se comporta como consumidor. Se o time ganha, eles vão, compram a camisa, enchem o estádio e fica saindo frutinha”.

Apesar das provocações, a palestra tinha como intuito inicial falar sobre a reestruturação do Corinthians desde o rebaixamento, em 2007, até se tornar campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes no ano passado, além de mostrar as ações de responsabilidade social feitas pelo clube.

Rosenberg ainda exaltou a mudança no estatuto do clube que determinou o fim da reeleição, o que ele chama de revolução com a saída do ‘ditador’, no caso o ex-presidente Alberto Dualib.

Rosenberg faz duras críticas a Lula

  • A língua afiada do vice corintiano não poupou nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rosenberg fez duras critícas ao petista quando perguntado sobre a contribuição dele na construção do Itaquerão, estádio que será palco da abertura da Copa do Mundo de 2014.

    “Não fez p... nenhuma. A gente tinha terreno e tinha projeto. Eu briguei com a Odebrecht e continuo brigando. E tinha o empréstimo do BNDES. A única pessoa que tem que se reverenciar é o Kassab (ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab). O governador (Geraldo Alckmin) também ajudou. O presidente não fez nada, só faturou politicamente em cima do estádio”, afirmou.

Rivalidade com o Flamengo

"Esse time que pensa que concorre com a gente, ele só ganha da gente em dívidas. E ele ainda quer que a Caixa (patrocinador) pague a mesma coisa", disse ao mostrar slides com informações que apontavam o Corinthians como o time de maior renda no país e o Flamengo como o mais endividado.
Clube dos 13

"Era um antro de safados. O presidente (Fábio Koff) ganhava R$ 120 mil, R$ 150 mil. Destruímos aquilo, começamos a guerra e depois da guerra todos os clubes ganharam muito mais".
Caso Kevin Espada

"O que aconteceu lá foi lamentavel, e a atitude do Corinthians foi insuficiente. Deveria fazer mais do que fez", disse, antes de afirmar que o clube não teve culpa no episódio.