Sócrates conta em livro caso de racismo no Corinthians e pedido negado de Casagrande
O programa Esporte Espetacular, da TV Globo, teve acesso a uma autobiografia ainda não lançada escrita pelo ex-jogador Sócrates, que morreu vítima de choque séptico no dia 4 de dezembro de 2011.
O livro tem 196 páginas e ainda está em discussão entre a viúva do ex-meia da seleção brasileira, Katia Bagnarelli, e outros familiares sobre as condições e data do lançamento.
A autobiografia começou a ser escrita pelo ex-atleta antes dos problemas grave de saúde e tem 196 páginas que falam sobre política, história, cultura e futebol, entre outras coisas, além de várias histórias de bastidores.
O programa mostrou algumas delas, como uma em que Sócrates conta que um dos presidentes do Corinthians na década de 80, não revelado na reportagem, faz insultos racistas contra o goleiro Jairo após uma falha em uma partida.
Sócrates e os demais jogadores da equipe tomaram partido do arqueiro. “Era uma partida do Campeonato Brasileiro e por causa de uma suposta falha do goleiro Jairo, o presidente do clube emitiu uma opinião racista por ele ser negro. Nos colocamos fortemente contra o dirigente”, diz o ex-jogador.
Depois, Sócrates conta que marcou um gol no jogo seguinte e foi abraçar o goleiro. “Após esse lance de gol contra o Grêmio até nas bolas atrasadas pra mim a torcida vibrava”, lembrou Jairo.
O livro conta ainda que o ex-atacante e hoje comentarista da TV Globo Casagrande quis abandonar o Corinthians em uma longa excursão ao Japão em função de uma relação amorosa que havia iniciado no Brasil.
Os jogadores então fizeram uma votação em que ficou decidido que o jogador permaneceria com o grupo.
“Numa série de amistosos do Corinthians no Japão, o Casagrande tinha arrumado uma namorada. Ele tentou voltar antes do tempo, mas foi votado isso em uma reunião, mas recusada”, escreve Sócrates.
Casagrande então lembrou de que o ex-técnico e jogador Eduardo Amorim havia passado pela mesma situação em outra excursão. Mas que queria voltar ao país pela morte do pai, mas acabou permanecendo. Foi o que o fez nem sequer reclamar da decisão. “Depois disso não tinha mais o que discutir. Acabaram os argumentos para eu ficar.”
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