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Experiência de veteranos pós-Robinho pode ser lição para Santos

Do UOL, em São Paulo

15/07/2013 06h00

Neymar deixou o Santos com bastante dinheiro em caixa para pensar em como repor a perda de seu principal jogador. A experiência do clube com Robinho, porém, mostra que a aposta em jogadores rodados nem sempre é o melhor destino para a verba arrecadada.

Em 2005, Robinho brigava por espaço em uma seleção brasileira que tinha Adriano e Ronaldo e saiu em alta para o Real Madrid. Foi a última grande venda do Santos, com uma repercussão próxima do que aconteceu na saída de Neymar. No segundo semestre daquele ano, a receita da diretoria para curar a “ressaca” da torcida foi Luizão e Cláudio Pitbull,

MESMO SEM NEYMAR, SANTOS CRESCE DE PRODUÇÃO APÓS SAÍDA DE MURICY

  • Pedro Ladeira/Folhapress

    O Santos parece ter deixado para trás a breve passagem pela zona do rebaixamento, se aproximou do G$ do Campeonato Brasileiro e está em ascensão. Depois da saída de Muricy Ramalho, mesmo sem o astro Neymar, a equipe da Vila Belmiro cresceu nas mãos de Claudinei Oliveira, que já tem aproveitamento superior ao seu antecessor.

    Neste ano, o Santos jogou 29 vezes sob a batuta de Muricy, contando partidas do Campeonato Paulista, da Copa do Brasil e dois jogos do Brasileiro. Foram 13 vitórias, 12 empates e quatro derrotas, que renderam 58,6% dos pontos disputados. Leia a notícia completa.

Os dois foram as grandes novidades do elenco comandado pelo então técnico Alexandre Gallo. Juntos, eles tinham a expectativa de formar um quarteto de peso ao lado de Ricardinho e Giovanni, veteranos que já estavam na Vila quando Robinho e Deivid saíram meses antes.

Luizão e Pitbull, é verdade, chegavam com boas credenciais. O primeiro tinha sido um dos heróis do São Paulo na conquista da Libertadores e estava no Japão. Já Pitbull estava no Al-Ittihad, da Arábia Saudita, emprestado pelo Porto. Sua última passagem pelo Brasil, no entanto, tinha sido um semestre avassalador pelo Grêmio, quando ele foi um dos únicos a se salvar no rebaixamento da equipe gaúcha.

Não deu certo. Luizão e Claudio Pitbull jogaram mal e pouco fizeram na campanha vexatória do clube naquele ano, marcada pela goleada de 7 a 1 sofrida para o Corinthians. No começo do ano seguinte, os dois foram dispensados por Vanderlei Luxemburgo e o atacante diria que a passagem pela Vila foi um "erro".

Oito anos depois, o perfil de negociações do Santos não é muito diferente. O clube, assumidamente, busca um atacante para a vaga de Neymar. Até agora, a diretoria já tentou Robinho, Kleber e Fernandinho, ex-São Paulo. Todas as negociações naufragaram até agora.

“A gente está conversando com vários nomes, vendo outras opções. Vamos ver como vai ser durante a semana”, disse Odilio Rodrigues, presidente interino do Santos, sem dar pistas de qual caminho o clube vai seguir.

Sem reforços, o time até agora vai bem. Recheado de diversos garotos da base, hoje o Santos é o oitavo colocado, com 11 pontos, a um da zona de classificação para a Libertadores, além de ser o melhor paulista do torneio.