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Oposição tenta evitar manobra de Juvenal para controlar eleição no São Paulo

Juvenal Juvêncio, atual presidente do São Paulo, irá deixar o cargo em 2014 - Leandro Moraes/UOL
Juvenal Juvêncio, atual presidente do São Paulo, irá deixar o cargo em 2014 Imagem: Leandro Moraes/UOL

Mauricio Duarte e Renan Prates

Do UOL, em São Paulo

19/07/2013 06h00

As regras eleitorais do São Paulo permitem que apenas duas chapas concorram ao pleito de 2014, independente de pertencerem à situação ou a oposição. O atual presidente, Juvenal Juvêncio, quer ter os dois candidatos e monopolizar a eleição. E é isso que Marco Aurélio Cunha, único presidenciável assumido, tenta evitar nos bastidores.

“Foi isso que ele [Juvenal] quis fazer desde o começo. Só mudou quando lancei a oportunidade de uma chapa diferente. Se não fala nada, ele ia com duas chapas até o fim. Nós faremos chapa com 55 impedindo duas chapas da própria situação”, explicou Marco Aurélio ao UOL Esporte.

Para estar apto a participar do processo eleitoral, o candidato a presidente precisa montar uma chapa com apoio de pelo menos 55 conselheiros eleitos no São Paulo. O Conselho Deliberativo é formado por 240 integrantes, sendo 160 deles vitalícios.

Juvenal hesita em apoiar um presidenciável por cogitar a hipótese de dominar a eleição com duas chapas da situação. “Pode acontecer sim de haver duas chapas de situação. Não posso dizer que há uma movimentação nesse sentido ainda porque é muito precoce. A eleição está longe. Essa conversa de eleição só se deflagrou agora por outros interesses, você sabe muito bem de quem”, admitiu Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, atual vice-presidente do São Paulo e um dos mais cotados a se candidatar.

Má fase do São Paulo inicia processo eleitoral e pleito já tem candidatos virtuais

  • Montagem UOL

    A trágica eliminação na Libertadores e a polêmica entrevista de Juvenal Juvêncio após a queda deram início ao processo eleitoral no São Paulo. Conselheiros de oposição e também de situação começam a se mobilizar para decidir como será o panorama da eleição presidencial, marcada para abril do ano que vem.

Nos bastidores, além de Leco, outro nome que surge é o de Roberto Natel, atual vice-presidente Social e de Esportes Amadores. Mas assim como Leco, Natel adota a postura de não falar muito de eleição para não antecipar o processo.

Único pré-candidato confirmado, Marco Aurélio Cunha voltou a criticar a atual gestão de Juvenal, apesar de não se colocar como oposição. Ao contrário dos rivais, ele defende a antecipação do processo eleitoral.

“Ninguém está contra o Juvenal, queremos discutir o São Paulo para 2014. Fazer uma discussão com muita antecedência. Não com meia hora antes”.

Questionado sobre o tema eleições no São Paulo durante a apresentação do técnico Paulo Autuori, Juvenal desdenhou da pergunta e mostrou confiança em uma vitória esmagadora no próximo pleito.

“Eu sei por que essa pergunta. Eu sei para quem interessa falar na eleição e não vou falar. Só vou lembrar que vocês da mídia falavam do Lapolla na última eleição. E ele teve sete votos. Os outros, todos os outros foram meus. Agora, vai ser parecido”.