Fla acerta com promessa de 12 anos que rejeitou Barcelona e Fluminense

Enquanto não consegue reforçar o time profissional, o Flamengo contrata novas promessas para a base. Nesta quinta-feira, o rubro-negro acertou com o jovem Cassiano Bouzon, de apenas 12 anos, que já despertava a atenção de grandes clubes como Barcelona e Fluminense. Após rejeitar o clube catalão e o tricolor das Laranjeiras, o pequeno atleta irá iniciar os treinos no time mirim da Gávea dos próximos dias.

E mesmo com um currículo de negociações com gigantes do futebol mundial, Cassiano não será tratado como estrela pelo Flamengo. O coordenador das categorias de base do clube, Marcos Biasotto, revelou a preocupação de tratar a promessa apenas como “mais uma criança”.

“Fechamos com o Cassiano, mas não tem nada de jóia, promessa ou futuro craque. É apenas uma criança com grande potencial que está chegando para se juntar ao nosso time mirim. Daremos ajuda de custo e todo suporte para que ele possa se desenvolver como atleta”, disse Biasotto.

“Estamos apenas aguardando a finalização de alguns exames para que ele comece os trabalhos no Ninho do Urubu”, completou o coordenador da base rubro-negra.

Por ter menos de 14 anos, Cassiano não poderá morar no alojamento do centro de treinamento do Flamengo. Ele irá morar com o seu pai, Francisco de Jesus, em uma casa no bairro de Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, onde fica o Ninho do Urubu.

O jovem Cassiano Bouzon ficou conhecido por chamar a atenção do Barcelona em vídeos da internet, mas rejeitou a mudança para a Espanha. O Fluminense, que estava próximo do acerto com o garoto de apenas 11 anos, foi vetado pela família por conta da falta de moradia próxima a Xerém, onde fica o CT da base tricolor.

“Nós estivemos em Xerém em fevereiro. Eu e minha esposa viajamos para lá, fomos muito bem recebidos por todos do Fluminense, mas não encontramos casas para alugar. Os funcionários até nos auxiliaram, mas é uma área bastante rural. Existem poucas escolas na região, a estrutura é ruim. Ficou meio complicado, no vazio”, disse o pai do jovem, explicando ainda porque Cassiano não foi para a Espanha.

“"Ficamos 20 dias na Europa e é muito difícil, uma mudança muito complicada. Alimentação diferente, língua, cultura. A distância dos amigos. Além disso, ele é o único filho homem, único neto homem. É o xodó da família e quero acompanhar o crescimento dele. Se tivesse 14, 15 anos, tudo bem, mas quero educar meu filho", encerrou, em recente entrevista ao UOL Esporte.