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Marco Aurélio Cunha bate-boca e troca acusações com diretor do SP na TV

Marco Aurélio Cunha, hoje opositor de Juvenal, discutiu com o colega Julio Casares - Fernando Santos/Folha Imagem
Marco Aurélio Cunha, hoje opositor de Juvenal, discutiu com o colega Julio Casares Imagem: Fernando Santos/Folha Imagem

Do UOL, em São Paulo

05/08/2013 06h00

A vitória do São Paulo sobre o Benfica no último sábado não acalmou todos os ânimos da crise tricolor. No último domingo, Julio Casares, diretor de comunicação do clube, bateu boca e trocou acusações com Marco Aurélio Cunha, principal nome da oposição, ao vivo no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta.

O motivo da briga foi o churrasco na sede social do clube que, há duas semanas, virou notícia pelo vídeo em que Juvenal Juvêncio aparece discutindo com um grupo de sócios ligado à oposição. A reunião contou com a presença de membros de torcida organizada e por pouco não terminou em confusão.

Na semana passada, Júlio Casares foi ao programa Mesa Redonda e disse que os organizados presentes ao encontro eram também sócios do clube, e que por isso estavam autorizados a ficarem no local. Neste domingo, Marco Aurélio Cunha deu uma versão diferente dos fatos. Segundo ele, eles teriam sido colocados para dentro por aliados de Juvenal, e teriam entrado por uma porta lateral.

“Quando o senhor saiu do São Paulo foi uma grande injustiça. Sempre apoiei o senhor. Agora o senhor vem me chamar de mentiroso? Não vai me chamar de mentiroso mesmo”, disse Casares, que pediu direito de resposta e entrou no ar ao vivo, por telefone.

Exaltado, o diretor de comunicação creditou a Juvenal Juvêncio a nomeação de Marco Aurélio Cunha como dirigente remunerado de futebol. O hoje opositor rebateu. “Na verdade, foi o senhor Marcelo Portugal Gouvêia [ex-presidente, morto em 2008]”, disse ele.

Casares não recuou e seguiu atacando. “Faça o que quiser. Eu respeito os sócios. O senhor, como vereador, ficou submisso às vontades do Executivo e aprovou benesses ao Itaquerão. E vamos discutir em alto nível no Conselho”, disse o diretor de comunicação.

Marco Aurélio Cunha foi acusado por Casares de tentar antecipar o processo eleitoral do São Paulo, marcado para o primeiro semestre de 2014. No bate-boca, ele pediu que o debate se desse imediatamente. Segundo o diretor, o opositor está tentando discutir questões internas pela imprensa, o que seria prejudicial ao clube.

Além disso, Casares pediu respeito a Marco Aurélio, que respondeu de maneira ríspida. “Eu respeito mais que o senhor, porque eu não fico puxando o saco dele”, disse o ex-diretor remunerado.

EM BAIXA NO SP, GANSO DIZ TER FALADO COM AUTUORI E ESPERAR CHANCE

  • O fato de Paulo Henrique Ganso ser reserva do São Paulo foi motivo de espanto e curiosidade para os jornalistas e torcedores portugueses. Tentavam entender porque um jogador com a qualidade do meia, que já vestiu a camisa da seleção brasileira, não era aproveitado. Durante a vitória contra o Benfica, Paulo Autuori fez três substituições, mas não colocou o camisa 8 em campo. Dias antes, o treinador havia revelado que teve uma conversa com o atleta em que buscava entender seu baixo rendimento.

    Após a partida contra o Benfica, o meia são-paulino comentou sobre essa reunião com o treinador. “Ele falou para eu treinar bastante para que, quando eu entrar em campo, eu possa aproveitar as chances”. Leia a notícia completa

Depois que Casares desligou, Marco Aurélio Cunha bateu ainda mais forte. “Fica claro que o Julio está encenando. Ele fala alto. Não perdi minha tranquilidade aqui. A versão que ele deu do conflito lamentável, não partiu dos sócios. Não foram os sócios que permitiram discurso de organizadas dentro do clube”, disse o opositor, provável candidato a sucessor de Juvenal  Juvêncio, que se estendeu.

“Essa versão é importante. Eu não estava lá, mas os relatos de todos os sócios contam a história como foi. Se ele conseguir dizer e provar isso, eu estou errado”, concluiu Marco Aurélio Cunha.