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Palmeiras pode economizar R$ 1,4 milhão com saída de Wesley

Wesley está em boa fase no Palmeiras e despertou o interesse do Atlético-MG - Leonardo Soares/UOL
Wesley está em boa fase no Palmeiras e despertou o interesse do Atlético-MG Imagem: Leonardo Soares/UOL

Lucas Tieppo

Do UOL, em São Paulo

09/08/2013 12h00

O Palmeiras estuda a proposta de empréstimo de Wesley apresentada pelo Atlético-MG e analisa as consequências de uma possível saída do jogador. Apesar da boa fase do volante, o lado financeiro pesa segundo o próprio presidente Paulo Nobre e o clube alviverde pode economizar cerca de R$ 1,4 milhão, caso libere o atleta até o fim de 2013.

A negociação gira em torno de duas principais possibilidades, e uma delas é a cessão de Wesley apenas até o fim deste ano.

Neste caso, o clube alviverde poderia contar com o volante no ano do centenário, quando o presidente Paulo Nobre diz pretender formar um grande time. Porém, o atleta não entende que seja tão atraente ficar pouco mais de quatro meses no Galo, mesmo com a disputa do Mundial de Clubes em dezembro.

WESLEY DESPISTA SOBRE PROPOSTA, MAS NÃO CONFIRMA PERMANÊNCIA

O Palmeiras deixaria de bancar o salário de Wesley no período, o que resultaria em uma economia de R$ 1,4 milhão, já que o jogador recebe cerca de R$ 350 mil por mês de salário. O valor corresponde a 10% do montante gasto para tirar o volante do Werder Bremen em 2012 – os R$ 14 milhões foram divididos em três parcelas anuais (2012, 2013 e 2014).

A outra possibilidade na negociação é um vínculo maior, possivelmente até agosto de 2014, segundo apurou o UOL Esporte, o que só valeria a pena para o Palmeiras por uma quantia razoável de dinheiro a ser paga pelo Atlético-MG. Isso porque Wesley tem contrato até o fevereiro de 2015 e poderia assinar um pré-contrato com outro clube cerca de dois meses depois de voltar de Minas Gerais.

Caso assine por um ano, o Palmeiras teria uma economia maior, de cerca de R$ 4,2 milhões, porém, ficaria sem um dos titulares do técnico Gilson Kleina por um longo período.

Outro ponto que pesa na negociação é o fato de o Palmeiras ainda dever valores referentes a dois meses de direito de imagem para o jogador, dívida ainda da gestão passada comandada por Arnaldo Tirone e Roberto Frizzo. O atual presidente Paulo Nobre já admitiu o débito em entrevistas anetoriores.

Em entrevista à "rádio CBN" na noite da última quinta-feira, o presidente Paulo Nobre não descartou a saída de Wesley e disse que a questão financeira pode pesar.

“A parte financeira sempre conta, não só para o Wesley. A política salarial do Palmeiras é muito responsável e herdamos alguns salários da diretoria passada que fogem um pouco da nossa atual política e nós tentamos sempre equacionar”, disse o dirigente.

Do outro lado, Wesley afirma que não sabe das negociações, que pretende seguir no Palmeiras, mas deixou o mistério no ar ao dizer que “o futuro a Deus pertence”.

O Palmeiras tenta desde o início de 2013 diminuir ao máximo a folha salarial, por isso negociou jogadores mais rodados como Barcos, Souza, Maikon Leite, Tiago Real e Weldinho e outros mais jovens como, João Denoni, Emerson, Patrick Vieira, Patrik, entre outros, estes também para ganharem experiência.

WESLEY: "PALMEIRAS TEM OBRIGAÇÃO DE SER CAMPEÃO"

  • Wesley, que vive seu melhor momento no Palmeiras, rema contra a corrente ao analisar o que se espera do clube na segunda divisão. Com ele, não tem o discurso cauteloso adotado por Gilson Kleina de que o importante é subir. Ele assume a obrigação de ficar com o título. Também é assertivo em outras perguntas, com um tom firme, sem enrolação. Só mudou de estilo ao falar sobre a possibilidade de trocar o Palmeiras pelo Atlético-MG. Então, não disse o fico que todo torcedor palmeirense espera.