Palmeiras é condenado a pagar R$ 500 mil a representantes de Pierre
O Palmeiras terá de pagar cerca de R$ 500 mil a uma empresa que representa o volante Pierre, que saiu do clube alviverde no final de 2011 e atualmente é jogador do Atlético-MG. Uma decisão publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira mostra que a Justiça decidiu a favor da La Sports em um processo contra o time do Palestra Itália por conta de pagamentos atrasados. Ainda cabe recurso.
Quando Pierre deixou o Paraná Clube para acertar com o Palmeiras, em 2007, a LA Sports, que ainda representa o volante atualmente, intermediou a negociação. Por isso, de acordo com o contrato firmado entre as partes, tinha direito a receber 10% dos vencimentos do atleta.
De acordo com Luis Alberto, dono da empresa, o clube alviverde pagou apenas 10 parcelas, no valor de 30% do total que devia, e suspendeu os pagamentos, que deveriam ser repassados todo mês à La Sports. Portanto, o Palmeiras terá que arcar com o resto do montante. Lembrando que quem receberá será a empresa, e não o atleta, já que a ele o clube não deve nada.
“Tivemos que levar à Justiça. Tinha contrato e deixaram de pagar. Eles teriam de pagar mensalmente e não pagaram. Isso diz mais respeito à gestão anterior do clube”, afirmou ao UOL Esporte Luis Alberto, referindo-se ao mandato de Arnaldo Tirone, que estava na presidência quando Pierre deixou o clube, no final de 2011.
Segundo Mafuz Antonio Abrão, advogado da LA Sports, o valor com correção monetária chega a quase meio milhão de reais. “O Palmeiras pagou somente 10 parcelas e depois não pagou mais. Fazendo a correção, que será pleiteada por nós, dá quase R$ 500 mil”, afirmou ao UOL Esporte.
A empresa deu entrada no processo contra o Palmeiras no primeiro semestre de 2012, quando Pierre já havia deixado o time alviverde. Desde então, o caso se arrasta na Justiça, que tomou a decisão a favor da La Sports na última quinta-feira.
Procurado pela reportagem , o advogado Piraci de Oliveira, que aparece no processo como requerido representando o Palmeiras, não quis comentar o assunto, já que não está mais no corpo jurídico do clube. O UOL Esporte procurou o Palmeiras no fim da noite da última quinta-feira, mas a assessoria de imprensa disse que ninguém foi localizado para comentar a questão.
* Atualizada às 20h33, do dia 17/8/30013
Prejuízo vem em momento em que o clube tenta equilibrar as contas
Mesmo órgão que tratou de ser inflexível em relação aos gastos do Palmeiras no final da gestão de Arnaldo Tirone, o COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) está satisfeito com o econômico Paulo Nobre à frente clube. Para Alberto Strufaldi, presidente do COF, o cartola tem o mérito de não cometer excessos com o caixa alviverde e de manter sob controle uma dívida de, segundo Strufaldi, R$ 150 milhões. A assessoria de imprensa do Palmeiras não confirma o valor apontado pelo conselheiro. “Desde o início da gestão, o presidente Paulo Nobre mostrou boa vontade, o time B de futebol foi extinto e o futsal profissional também. Ele está se dedicando ao máximo, é uma situação difícil resolver as dívidas”, disse Strufaldi.
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