Flu vê questão fiscal como 'calcanhar de aquiles' em negociação por CT
Mesmo sem uma relação direta entre as duas questões, o Fluminense vê a disputa com a Procuradoria da Fazenda Nacional como a principal dificuldade para levantar seu centro de treinamento no terreno cedido pela Prefeitura do Rio de Janeiro no início deste ano, em Jacarepaguá. O órgão estatal penhorou diversas receitas do Tricolor desde o fim de 2012, como a premiação do título brasileiro da última temporada.
A negociação do Fluminense com a Fazenda Nacional tem sido tumultuada. O Tricolor acusa a procuradoria da instituição de ter recusado uma proposta de refinanciamento para sua dívida e ter aceito uma semelhante do Flamengo pouco depois. Segundo o presidente Peter Siemsen, o clube depende apenas da resolução desta disputa para avançar na construção do CT.
“Dentro do contrato do Maracanã temos recursos reservados para iniciar a construção do CT no ano que vem. Mas precisamos resolver a questão fiscal. Saindo dela, temos muitos recursos para receber no futuro. Vamos botar o que devemos em dia e faremos investimentos.O clube está muito próximo de estar muito bem. Mas estamos com um calcanhar de aquiles nesta questão fiscal”, reconheceu o dirigente em entrevista à Rádio Globo.
A ligação entre as duas questões se dá de forma indireta: os recursos para o CT poderiam ser bloqueados pela Procuradoria da Fazenda Nacional e, assim, a construção inviabilizada. O mesmo aconteceu com a receita das vendas de Wellington Nem e Thiago Neves, que serviriam para pagar salários e amenizar dificuldades financeiras do clube.
Recentemente, o técnico Vanderlei Luxemburgo lamentou publicamente a falta de um CT. Na última terça-feira, o treinador desistiu de realizar um coletivo por conta de um protesto de torcedores nas Laranjeiras. O comandante é conhecido por ter sido um dos principais entusiastas do Ninho do Urubu enquanto esteve no Flamengo, mas Siemsen garantiu que sua chegada nada tem a ver com a questão.
“A vinda do Luxemburgo não tem nada a ver com CT, em sua origem. O projeto está bastante avançado, já temos o plano arquitetônico, inclusive com a inserção de um instituto americano que fará parte dele. Mas já disse a ele que queremos a participação dele nessa questão também”, disse Siemsen na mesma entrevista.
O terreno de 39 mil m² cedido em março pela Prefeitura do Rio ao Fluminense fica próximo à Avenida Ayrton Senna, em Jacarepaguá, ao lado da Escola Sesc de Ensino Médio. O Tricolor tem direito a explorar a área por 50 anos, que podem ser renovados por igual período.
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