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São Paulo não ajudará preso em Brasília, que protegeu Juvenal em churrasco

Juvenal Juvêncio discutiu com sócios na sede do clube há cerca de um mês - Leandro Moraes/UOL
Juvenal Juvêncio discutiu com sócios na sede do clube há cerca de um mês Imagem: Leandro Moraes/UOL

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

20/08/2013 14h00

A diretoria do São Paulo já definiu que não dará qualquer auxílio jurídico a nenhum dos três torcedores do clube presos em Brasília por agredirem um flamenguista antes do confronto entre as duas equipes no último domingo, no Mané Garrincha. Um deles, porém, é presidente da torcida organizada Tricolor Independente e saiu em defesa do presidente Juvenal Juvêncio recentemente.

É Ricardo Alves Maia, de 37 anos, conhecido como “Negão” entre membros da organizada. Há cerca de um mês, Maia e outros três integrantes da Tricolor Independente estiveram presentes em um churrasco na sede social do São Paulo, em que Juvenal discutiu com sócios e conselheiros aliados à oposição. Maia e outros integrantes partiram em defesa do presidente.
 
Antes disso, a organizada já havia vetado protesto de torcedores comuns contra Juvenal Juvêncio, no Morumbi. Depois dos episódios no estádio e na sede social, a Independente emitiu nota em repúdio ao ex-superintendente do clube e pré-candidato de oposição, Marco Aurélio Cunha, em comunicado encaminhado a todos os associados ao programa sócio-torcedor do São Paulo, pelo próprio clube. A diretoria tratou o episódio como um erro de um funcionário, e diz já ter resolvido internamente.
 
Além de Maia, os outros dois torcedores detidos também são integrantes da organizada. Genivaldo da Silva, 34 anos, e Moisés Oliveira Paulino, 46 anos, foram presos por lesão corporal grave, assim como o presidente da torcida. O trio foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, mas foi solto na noite de segunda-feira e está em liberdade provisória. Eles respondem por lesão corporal grave.
 
A vítima, o flamenguista morador do Distrito Federal, de 38 anos, teve a mandíbula quebrada a chutes socos e golpes com barras de ferro, além de ferimentos na cabeça, rosto e todo o corpo. Ele passou por cirurgia no Hospital de Base de Brasília e, de acordo com boletim médico divulgado na manhã de segunda-feira, tem estado estável e segue internado.
 
Procurada pela reportagem, a torcida Tricolor Independente afirmou que os três integrantes detidos em Brasília não participaram das agressões e não compactuam com o ato de violência. Os três têm antecedentes criminais, assim como a vítima, e foram detidos com base nas imagens do espancamento, segundo a polícia. O trio já está em São Paulo.

Juvenal discute com torcedores em churrasco na sede social do clube