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Grupo de Juvenal se surpreende com Kalil e prevê perda de votos

Juvenal Juvêncio ainda não indicou sucessor: parte diz que Leco perde força com manobra - Leandro Moraes/UOL
Juvenal Juvêncio ainda não indicou sucessor: parte diz que Leco perde força com manobra Imagem: Leandro Moraes/UOL

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

21/08/2013 06h00

O lançamento do ex-diretor jurídico Kalil Rocha Abdalla como candidato à presidência pela oposição surpreendeu os aliados do presidente Juvenal Juvêncio no São Paulo. Tanto quanto o recuo do ex-superintendente Marco Aurélio Cunha, que agora entrará como vice-presidente de futebol na chapa de Kalil. Além da surpresa, os membros da situação que coordenam a campanha de sucessão admitem que poderão perder votos com a manobra. 

O que se previa na situação era apenas o desligamento de Kalil da diretoria para apoiar Marco Aurélio. O lançamento de candidatura à presidência e a troca de nomes na oposição causou espanto. Segundo membros da situação, a troca acontece porque Marco Aurélio Cunha não teria força para se eleger sozinho sem outro nome forte na chapa. Admite-se, então, que Kalil seja o candidato que fortalece a campanha de oposição. 

O argumento dos aliados de Juvenal é que Kalil roubará votos da situação. O ex-diretor jurídico fazia parte da cúpula desde abril de 2002, entrou junto ao falecido ex-presidente Marcelo Portugal Gouvêa e tem menor rejeição do que Cunha entre os membros mais velhos do Conselho que, por afinidade, votariam no indicado por Juvenal. Marco Aurélio Cunha, ao lado de Kalil, tem boa aceitação entre os conselheiros que frequentam a parte social do clube, e têm menor entrada no ambiente político.
 
 
O discurso dos membros da situação só não é uníssono em um ponto: parte dos aliados de Juvenal crê que a candidatura de Kalil inviabiliza o nome de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, como indicado de Juvenal. Os que acreditam nisso dizem que Leco disputa os mesmos votos de Kalil, e pode perder por maior rejeição aliada à má fase do futebol do clube. Outra parte, porém, afirma que a mudança apenas fortalece a oposição, mas não crê que crie algum impedimento para a candidatura de Leco. 
 
Leco era até antes da dissidência de Kalil o principal candidato à indicação de Juvenal Juvêncio para a sucessão. É também o coordenador de campanha da situação. Além dele, outro nome que está na disputa pelo aval do atual presidente é o de Roberto Natel, vice social e de esportes amadores. 
 
Para chegarem ao pleito em abril de 2014, cada candidato deve ter uma chapa com assinaturas de pelo menos 55 dos 160 conselheiros vitalícios do clube. Na eleição, além dos vitalícios, votam também os 80 conselheiros eleitos, em um total de 240 eleitores. Por conta do número de vitalícios, a eleição presidencial do São Paulo é restrita a dois candidatos.