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Juvenal Juvêncio define Aidar como candidato de sucessão e irrita Leco

Carlos Miguel Aidar foi presidente do São Paulo entre 1984 e 1988, e deu primeiro cargo a Juvenal - Karime Xavier/Folhapress
Carlos Miguel Aidar foi presidente do São Paulo entre 1984 e 1988, e deu primeiro cargo a Juvenal Imagem: Karime Xavier/Folhapress

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

10/09/2013 06h00

Durou três dias o afastamento do processo político prometido pelo presidente Juvenal Juvêncio, do São Paulo, na última quinta-feira. Nesta segunda, ele definiu que Carlos Miguel Aidar será o candidato da situação nas eleições de abril de 2014, contra o opositor Kalil Rocha Abdalla. A decisão foi aceita pelo vice de marketing Julio Casares e pelo vice social Roberto Natel, mas prontamente recusada pelo vice-presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que se decepcionou com a escolha e, por ora, não compactua com a situação.

Juvenal vê em Aidar o nome mais forte para brigar com Abdalla nas urnas. Aliados do atual presidente admitem que a oposição se fortaleceu com o recuo de Marco Aurélio Cunha.  Leco foi o único a não concordar com a medida porque trabalhava assumidamente para concorrer à presidência em 2014, e esperava o apoio de Juvenal Juvêncio como retribuição à lealdade política construída desde a década de 1980.

Leco se irritou com a decisão, disse que ainda não retira a pré-candidatura – diferente do que fizeram Casares e Natel – e prometeu dar uma resposta a seus aliados até o fim dessa semana.

O vice-presidente perdeu o embate com Aidar, na decisão de Juvenal, por ter maior rejeição entre o Conselho em um momento de fraqueza política da situação. Leco ainda é criticado por alguns conselheiros pelos fracassos do futebol entre 2009 e 2011 – último ano em que ele atuou como vice-presidente de futebol.

Leco sentiu-se traído porque via essa como a grande chance de assumir a presidência do clube. Agora, ele deverá receber proposta de seus aliados para ocupar uma das vice-presidências do clube caso Carlos Miguel Aidar seja eleito.

Em reunião na última quinta-feira, no Morumbi, horas antes da derrota para o Criciúma por 2 a 1, Juvenal Juvêncio reuniu os quatro pré-candidatos para anunciar que se afastaria do processo de escolha do sucessor. O presidente, no entanto, voltou atrás. Na manhã desta segunda-feira, ao mesmo tempo em que articulava a contratação de Muricy Ramalho, tentou convencer conselheiros vitalícios que apoiam a oposição a mudarem de lado.

Para formalizar candidatura, cada chapa tem de contar com o apoio nominal e registrado de 55 conselheiros vitalícios. Como o São Paulo conta com 160 vitalícios, o sistema eleitoral do clube restringe a eleição a dois candidatos, no máximo.