Topo

Joia da base do Inter usa cabelo e nome de Valdívia para 'assustar' rivais

Meia de 18 anos ganhou apelido quando jogava no MT e mantém estilo para influenciar desempenho - Marcos Bertoncello/Divulgação AI Inter
Meia de 18 anos ganhou apelido quando jogava no MT e mantém estilo para influenciar desempenho Imagem: Marcos Bertoncello/Divulgação AI Inter

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

19/09/2013 11h10

O nome na carteira de identidade é Wanderson Ferreira de Oliveira, mas na camisa e no dia a dia ele é Valdívia. O meia de 18 anos, considerado uma das novas joias das categorias de base do Internacional, ganhou o apelido pelo cabelo igual ao do chileno. Chegou a cortar, mas sentiu falta da comparação. E até da forma diferente como os adversários o encaravam.

“Sempre tive cabelo grande e logo que cheguei no Rondonópolis [time do Mato Grosso] os garotos me apelidaram de Valdívia. Pegou. Depois de um tempo eu cortei, mas não gostei e deixei crescer de novo. Eu já sou pequeno, então com cabelo grande eu pareço mais forte. Meto mais medo neles”, disse ao UOL Esporte o clone do camisa 10 do Palmeiras.

As semelhanças entre o jogador do Chile e o garoto nascido em Jaciara não vão muito além dos cachos na cabeça. O Valdívia mais jovem admite que até tentou dar o drible do chute no ar, especialidade do Valdívia original. Mas não conseguiu.

“O chute no ar eu já pensei em fazer e até consegui em uns treinos. Mas na hora do jogo nunca deu. Eu não pensei nisso tão rápido para fazer. E depois tive um pouco de medo também. Me lesionar ou algo assim”, comentou.

Valdívia chamou atenção do Inter na Copa São Paulo do ano passado, quando foi artilheiro da competição, com oito gols, jogando pelo Rondonópolis. O Colorado de cara fez uma oferta e assinou contrato com o meia até março de 2015.

Antes de viajar para o Rio Grande do Sul, Wanderson foi encontrar o verdadeiro dono de seu ‘nome de guerra’. Em 23 de janeiro de 2012, no CT do Palmeiras, o Valdívia genérico encontrou a versão original.

“Encontrei o Valdívia e pedi permissão para usar o nome dele. A reação foi ótima, ele me tratou bem e a gente até trocou camisa. Eu entreguei uma do Rondonópolis e ele me deu uma do Palmeiras”, relembrou.

VALDÍVIA 'GENÉRICO' NÃO DÁ CHUTE NO AR E FOGE DE POLÊMICAS

  • Divulgação/AI Inter

    Se o meia nascido no Chile tem uma carreira com passagens polêmicas, o Valdívia genérico pode ser chamado de uma cópia imperfeita. "Eu sou tranquilo. E o nome nunca me deixou com medo das comparações e tal. Eu gosto desse apelido e me deu muita sorte. Fico mais conhecido. Se falar Wanderson ninguém sabe quem é, mas se falar em Valdívia tem um 'opa!'", comentou o meia da base do Inter.

Em Porto Alegre, o garoto de 18 anos ganhou acompanhamento nutricional e começou a fazer reforço muscular. Três vezes por semana, no turno inverso ao dos treinos, Valdívia vai a uma academia para ganhar mais força.

E algumas vezes já foi chamado para compor treinos do elenco principal. Foi quando encontrou o técnico Dunga. Além dos ‘medalhões’ do time. Como o zagueiro Índio.

“Bom demais ver o Dunga de perto. Mas ele foi tranquilo, deu as orientações na boa”, garantiu Valdívia. “Treinei em um time que tinha o Índio, Otávio. Foi super legal”, completou.