Ideia similar ao Vale-cultura vira opção para redução de ingresso no Brasil
Uma reunião realizada nesta quinta-feira em Brasília entre o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e os representantes de alguns dos principais clubes do país pôs em discussão o alto valor dos ingressos nos estádios reformados ou construídos para a Copa do Mundo de 2014. Embora as partes não tenham chegado a um acordo sobre qual a melhor solução para o problema dos preços, o mandatário da pasta revelou que, entre as ideias recebidas, está a de que o ministério crie um projeto semelhante ao do Vale-cultura,que distribui este ano R$ 18 bilhões ao todo para a população de baixa renda gastar em cinema, livros e outros produtos culturais.
"Ainda não existe projeto nem nada nesse sentido, mas é uma ideia interessante. A Lei Pelé define o futebol como parte da cultura brasileira, neste sentido caberia um vale para ingressos, mas isso ainda não existe e não está sendo feito", disse o ministro.
Além do ministro do Esporte, participaram do encontro Weber Magalhães, um dos vice-presidentes da CBF, Andrés Sanchez, representando o Corinthians, o secretário Nacional de Futebol e Direitos do Torcedor, Toninho Nascimento, o secretário extrarodinário da Copa de 2014 em Belo Horizonte, Tiago Lacerda, além de representantes do Grêmio, Bahia, Fluminense, Botafogo e dos 12 governos ou consórcios donos das arenas da Copa de 2014.
Após duas horas de reunião, não foi tirado nenhum resultado prático para que o valor dos ingressos nos novos estádios brasileiros diminua. De acordo com Andrés Sanchez, não é possível cobrar um ingresso que fique muito abaixo dos R$ 50 ou R$ 40 daqui para a frente.
"Tem que ver o investimento em segurança, conforto e qualidade que está sendo feito. O espetáculo melhorou, é natural ficar um pouco mais caro", afirmou o representante do Corinthians na reunião.
Outra ideia defendida no encontro foi a reserva de 40% da arquibancada dos estádios para torcedores de baixa renda, que poderiam pagar meia-entrada ou ingressos com desconto. "O espetáculo tem que ser sustentável como negócio para quem realiza ele, mas tem que ser acessível para todos os públicos. Este é o nosso desafio, dar um jeito de equilibrar esta conta", disse o ministro do Esporte. De acordo com ele, o governo não tem nenhuma sugestão pronta e não irá impor nenhuma medida ou regra sobre os ingressos. "Construiremos essa questão juntos", diz Rebelo.
De acordo com o ministro do Esporte, em uma semana os presentes enviarão sugestões para sr montado um plano de ação sobre o problema. "É necessário pensar na viabilidade econômica dos clubes e nos consórcios que administram as novas arenas, mas não podemos esquecer daquele torcedor de baixa renda. Ele não pode ser excluído do espetáculo", afirmou o ministro do Esporte.
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