Alex explica Bom Senso F.C, ataca sindicato e diz que TV vende produto ruim
Um dos idealizadores do Bom Senso F.C., movimento formado por jogadores e que propõe, entre outras coisas, um calendário mais justo para o futebol brasileiro, o meia Alex falou pela primeira vez sobre as mudanças exigidas pelo grupo. Sem a menor cerimônia, o jogador do Coritiba afirmou que a proposta não tem o objetivo de confrontar a televisão, mas sim agregar um produto “mal vendido”.
“Queremos agregar valores para o futebol, até para a televisão. A TV vende um produto ruim. O Seedorf descansado vai ser o atleta que todos conhecemos. O Juninho voltou para o Vasco e descansado vai mostrar o futebol que o consagrou. Esse produto vai ser muito mais valorizado. Não queremos bater com ninguém, queremos agregar para que o futebol seja melhor”, comentou o atleta durante sua participação no programa “Bola da Vez”, da ESPN Brasil.
Alex defendeu a criação do movimento ao dizer que é necessário que todos olhem para o Campeonato Brasileiro como a competição mais importante do ano. Logo, uma mudança no calendário se faz necessária para evitar um desgaste excessivo dos atletas.
“O principal campeonato tem que ser o Brasileiro. Ninguém quer acabar com os Estaduais. O que passa é que todos olhem para o Brasileiro como a principal competição. Você não pode ter um jogador como o Seedorf, com qualidade reconhecida no mundo todo, desgastado. Ele está levando o Botafogo na briga pela Libertadores e saiu vaiado porque não está aguentando. Respeitar o período de férias. E no mínimo três semanas de preparação”, disse.
O jogador ainda aproveitou para explicar o início do Bom Senso F.C. e criticou a falta de apoio do sindicado dos jogadores de futebol durante o lançamento do calendário para a temporada 2014.
“No jogo entre Coritiba e Inter, no Couto Pereira, eu fui trocar camisa com o Juan, somos amigos de longa data. Ele disse que estava complicado jogar. O Inter ia jogar quatro jogos em 10 dias e em quatro cidades diferentes. O Dunga não conseguia mexer. Eu disse que era o mesmo, não tinha o que o treinador fazer. Nessa conversa com o Juan, o D’Alessandro encostou e ficamos de nos encontrar. Por coincidência, o Paulo André me ligou para falar no mesmo sentido. Nos juntamos e o Alfredo Sampaio, presidente do sindicado dos jogadores, nos procurou dizendo que tinha uma proposta de férias quebradas da CBF, com 17 dias no fim do ano e 13 na Copa e o calendário divulgado em 2014. Eu disse que não aceitava 17 dias de férias. Pouco depois, a CBF divulgou o calendário e o sindicato meio que lavou as mãos.”
“Eu nunca precisei do sindicato. Como eu nunca precisei, não conheço o resultado. Mas o que o sindicato fez agora eu não gostei. Eles nos procuraram dizendo a proposta da CBF. Nós pedimos um tempo para dar resposta para eles. A CBF lançou o calendário e, logo em seguida, veio a nota do sindicato meio que lavando as mãos. Foi a única vez que tive uma relação com o sindicato e não me agradou.
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