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Mulher que alegou estupro de atletas do Vitória é investigada por 'má fé'

A acusação de que quatro jogadores do Vitória estupraram uma mulher em Curitiba pode ser falsa - Antônio Nascimento/Banda B
A acusação de que quatro jogadores do Vitória estupraram uma mulher em Curitiba pode ser falsa Imagem: Antônio Nascimento/Banda B

Das agências internacionais

No Rio de janeiro

10/10/2013 13h39

A acusação de estupro contra quatro atletas do Vitória em Curitiba pode ser falsa, segundo a polícia do Paraná. Após análise dos testemunhos, a mulher que delatou os jogadores será investigada por falsa denúncia, pois pode ter agido de má fé ao declarar que foi violada. Caso seja comprovada alguma intenção da mulher de se aproveitar do falso testemunho, ela poderá responder, até, por extorsão.

A  suposta vítima, de 44 anos, tornou-se alvo de investigações após conclusão da polícia civil do Paraná de que não há indícios de que os jogadores tivessem participado do alegado estupro coletivo.

“Vamos abrir a investigação para esclarecer se houve má fé da denunciante. Caso a suspeita seja confirmada, ela poderá ser acusada de falso testemunho de crime”, afirmou a delegada Marcia Viera Marcondes em nota oficial. “Mas se a for comprovada a intenção de obter vantagem sobre a denúncia, ela poderá responder por extorsão”, completou.

O testemunho da mulher diz que ela teria sido violada em setembro no hotel onde estavam concentrados os atletas do Vitória, depois da partida contra o Atlético Paranaense, em Curitiba. As versões da mulher sobre o ocorrido, porém, são contraditórias quanto ao número de atletas envolvidos. Primeiro, ela disse que foi violada por dois jogadores, depois três e, em uma outra declaração, chegou a dizer que até quatro atletas se envolveram no caso.

Segundo a delegada Viera Marcondes, a mulher admitiu, em seu primeiro testemunho, que estava bastante confusa e que, na segunda entrevista a suposta vítima não quis registrar queixa contra os jogadores. “Ela disse que isso afetaria a sua vida profissional pois trabalha como gestora de futebol”, contou Marcondes. Além disso, a chefe de polícia disse que a versão da mulher não bate com os outros testemunhos, nem possui provas.

“Nada disso (os supostos abusos) foi comprovado nos exames de corpo de delito do Instituto Médico Legal. Muito menos foi comprovado que houve algum tipo de violência física”, explica a delegada.

Testemunhas dizem que a mulher e outra jovem de 22 anos conheceram os jogadores do Vitória em uma casa noturna, onde consumiram grandes quantidades de bebidas alcoólicas, e aceitaram acompanhá-los ao hotel.