Grohe cansa de esperar chance e cogita deixar Grêmio: "Não sou mais menino"
Marcelo Grohe é cria das categorias de base do Grêmio e em duas oportunidades foi alçado ao time titular e acabou perdendo posto. Neste ano, viu repetir-se o que já tinha ocorrido entre 2006 e 2007 quando seria dono da camisa 1 foi preterido sob a alegação de lhe faltar experiência. Em entrevista coletiva, nesta segunda-feira, ele deu indícios de que cansou desta rotina. Tanto que deixou em aberto uma possível saída do clube em 2014.
"A carreira de jogador de futebol é curta. Estou indo para 27 anos. Tenho que buscar meu espaço. Estou buscando aqui. Mas agora no final do ano vamos ver o que vai acontecer. Estou com a cabeça tranquila", disse Marcelo.
Em 2006, Marcelo foi o substituto de Galatto no gol gremista. Teve bom desempenho, mas perdeu posto no ano seguinte com a contratação de Sebastian Saja. Na época tinha 19 anos e concordou com a justificativa de faltar experiência.
Mas em 2013 viu o filme se repetir. Marcelo assumiu o gol gremista no ano anterior com a negociação de Victor para o Atlético-MG, e fez bom Campeonato Brasileiro. Porém, no começo de 2013 Vanderlei Luxemburgo pediu a contratação de Dida com a mesma alegação: experiência.
Agora, se fala na possibilidade de Dida renovar contrato com o Grêmio por mais um ano. Marcelo, que tem mais três previstos em contrato, ficaria uma nova temporada como suplente. Algo que, obviamente, o desagrada.
"Todo jogador gosta de jogar. Não sou mais nenhum menino. Estou há alguns anos no profissional e tive oportunidade de jogar. Eu sempre falei que estou feliz no Grêmio tenho um carinho muito grande pelo clube. Fico até emocionado com situação de demolição do Olímpico. Me criei aqui. Mas o ano está chegando no final e vamos ver o que vai acontecer. O foco tem que ser no Grêmio, independente do ano que vem. Vou trabalhar com seriedade e quando precisarem estarei pronto", disse.
Neste ano, o Vasco esteve interessado na contratação dele, por empréstimo. No entanto não houve acerto e a permanência em Porto Alegre significou seis meses cuja rotina se resumiu aos treinamentos e o banco de reservas. Contra o Fluminense, na última quarta, ele voltou a atuar e teve bom desempenho. Por pouco não conseguiu evitar o empate do time carioca, que ocorreu no último minuto de jogo.
"Fazia tempo que eu atuava. É sempre bom voltar. Todo jogador gosta e fazia tempo que eu não sentia isso. Pude ajudar e é meu papel", finalizou.
Na próxima quarta-feira, o Grêmio pega o Corinthians, na Arena. E a titularidade pode já não existir. Dida se recupera da lesão no cotovelo esquerdo e tenta voltar a jogar. O duelo está marcado para as 22h.
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