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Marco Aurélio crê que Ceni irá parar no fim do ano e descarta uso político

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

06/11/2013 06h00

Ex-superintendente de futebol do São Paulo e atualmente líder no grupo de oposição, que tem o ex-diretor jurídico Kalil Rocha Abdalla como candidato à presidência do São Paulo, Marco Aurélio Cunha não acredita que Rogério Ceni permanecerá no São Paulo em 2014, apesar do otimismo pelo adiamento da aposentadoria entre dirigentes da atual gestão, comissão técnica e funcionários do clube.

“Acho que ele está decidido a parar. Acho que ele para no fim do ano”, disse Cunha, na noite de terça-feira, em evento do grupo SPFCforte, o qual lidera ao lado de Abdalla.

Apesar de estar distante da diretoria e do dia a dia do São Paulo desde o fim de 2010, o relato de Marco Aurélio Cunha torna-se relevante pela proximidade do vereador e ex-dirigente com o goleiro são-paulino. Os dois têm relação de amizade e ainda mantêm contato. Em outubro do ano passado, quando Marco Aurélio Cunha já se colocava contrário à gestão de Juvenal Juvêncio, Rogério Ceni declarou apoio e encontrou pessoalmente José Serra (PSDB), então candidato à prefeitura de São Paulo. O cumprimento entre o goleiro e o político foi promovido por Cunha (PSD), dias depois de Juvenal ter declarado apoio a Fernando Haddad (PT).

Para Cunha, a única possibilidade de Ceni permanecer como goleiro é caso o São Paulo tenha um fim de ano muito vitorioso, com, por exemplo, a conquista da Copa Sul-Americana. Neste caso, o ex-dirigente pensa que Rogério aceitaria ficar por mais alguns jogos no Paulistão.

“Paulista é o limite que ele gostaria. É o máximo para ele”, avalia Cunha.

Amigo de Ceni e mentor do grupo que faz oposição a Carlos Miguel Aidar, candidato de Juvenal Juvêncio para 2014, Marco Aurélio afirma que não pedirá a Rogério Ceni qualquer tipo de envolvimento político.

“Não o usaremos. Nem o convidei, nem vou convidar para nada. Jamais faria isso, nunca faria isso. E o Rogério não quer e não deve se envolver nisso”, disse.

Cunha disse que não acredita que, na situação, Juvenal Juvêncio peça para que o goleiro apoie Aidar. O opositor, no entanto, não cita nomes, mas diz que a “cúpula” da atual gestão é contra a permanência do goleiro e quer vê-lo fora em 2014. Usa como exemplo uma declaração do técnico Muricy Ramalho, do dia 17 de outubro. Na ocasião, o treinador disse que “tem gente que não quer uma pessoa com a personalidade do Rogério”. Depois, questionado, Muricy despistou e disse que não se referiu à diretoria.

Apesar da projeção de Marco Aurélio Cunha, a última semana representou mudança de opinião para a maioria das pessoas no São Paulo, entre dirigentes, comissão técnica e funcionários. Neste três setores, o pessimismo pela aposentadoria se transformou em otimismo pela continuidade em 2014, baseado no ânimo de Ceni e na preocupação em relação à próxima temporada. 

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