Palmeiras vira última esperança para Lúcio permanecer em São Paulo
Satisfeito com a vida em São Paulo, Lúcio não quer deixar a cidade em 2014, e por isso pode acabar no Palmeiras. O contato entre o zagueiro e o clube alviverde, revelado por João Paulo de Jesus Lopes, pode ser a última cartada do zagueiro antes de buscar o mercado exterior.
“O São Paulo não foi procurado pelo Palmeiras, mas recebeu uma consulta do representante do jogador”, disse o vice de futebol do São Paulo ao UOL Esporte, repetindo informação que já havia dado à rádio Globo pouco antes.
A revelação mostra o interesse de Lúcio na negociação, não confirmada pelas partes até então. Quando chegou ao São Paulo no início do ano, o zagueiro teve dificuldade para adaptar sua família ao país.
Depois de longos anos na Alemanha e na Itália, os filhos do jogador sofreram até encontrar escolas que se adaptassem ao modelo de ensino europeu. Hoje, Lúcio está satisfeito com a rotina da família na cidade, e gostaria de permanecer na próxima temporada.
Ficar no próprio São Paulo, porém, é difícil. Lúcio está afastado do grupo desde julho, quando Paulo Autuori entendeu que ele exercia influência negativa sobre os companheiros. Em outubro, o zagueiro pediu a rescisão de seu contrato à diretoria tricolor - não foi atendido imediatamente, mas pôde deixar de frequentar o CT.
Lúcio recebe R$ 480 mil por mês, sendo que parte de seus vencimentos são pagos pela Visa, parceira do São Paulo na contratação. Para ir ao Palmeiras, o zagueiro, elogiado por Gilson Kleina, teria de passar por uma revisão salarial.
Para 2014, o clube alviverde pretende implantar os contratos de produtividade, em que os salários estão condicionados a uma série de metas. O entendimento geral é de que um jogador do quilate de Lúcio, que esteve em três Copas do Mundo, não aceitaria a condição. Até por isso, aventou-se a possibilidade de o São Paulo arcar com parte dos salários.
“Em princípio, não [deve acontecer]. O Palmeiras é um clube grande e pode assumir qualquer salário. Até agora nós só recebemos sondagens. Se for o caso, nós podemos acertar a rescisão e o clube fica liberado para acertar a remuneração”, disse Jesus Lopes.
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