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Luta contra a queda e 'tapetão' atrasam acordo por fim das penhoras no Flu

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

18/12/2013 06h00

Além das dificuldades no planejamento para 2014, o Fluminense tem tido outro problema causado pela briga judicial envolvendo o julgamento da Portuguesa no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) que o salvou do rebaixamento em 1ª instância, na última segunda-feira. A luta no campo contra a queda nos gramados e, depois, no ‘tapetão’ tem atrasado a assinatura do acordo com a AGU (Advocacia Geral da União) pela interrupção das penhoras nas receitas do Tricolor.

O acordo que envolve o parcelamento da dívida do Fluminense com a Fazenda Nacional deveria ter sido fechado no dia 29 de novembro, nas Laranjeiras, mas o evento foi desmarcado por conta de um compromisso do advogado-geral da União Luis Inácio Adams com a presidente Dilma Rousseff na mesma data.

Desde então, no entanto, o Fluminense tem adiado a assinatura por conta da situação complicada dentro e fora de campo. A intenção inicial era fazer um evento em clima festivo nas Laranjeiras, o que foi impossibilitado pelo momento delicado do clube. Até agora não existe uma nova data para a oficialização do acordo.

O presidente do Fluminense Peter Siemsen chegou a encontrar Luis Inácio Adams em Brasília na última quinta-feira, em passagem de um dia pela capital federal. O mandatário foi à cidade resolver problemas relacionados ao seu escritório de advocacia e aproveitou a viagem para se reunir com o representante da AGU.

Mesmo com o bom andamento das discussões com o órgão federal, o Fluminense ainda tem detalhes a resolver antes da assinatura do acordo. A discussão desses últimos entraves, inclusive, está atrasada por conta do momento delicado do clube, já que o presidente Peter Siemsen teve uma agenda repleta de compromissos no último mês.

A resolução da questão fiscal foi um dos trunfos usados por Peter Siemsen para sua reeleição no pleito realizado no dia 23 de novembro. A promessa da assinatura do acordo no dia 29 daquele mês surgiu exatamente durante a campanha pelo novo mandato, que vai até 2016.

Pelo acordo encaminhado até o momento, o Fluminense pagará cerca de R$ 2,7 milhões mensais em impostos devidos, além de utilizar verbas que já foram penhoradas anteriormente para abater o valor total da dívida com a Fazenda Nacional.

A definição sobre a permanência do Fluminense na Série A sairá no dia 27 deste mês, quando a Portuguesa será julgada no Pleno do STJD. Na 1ª comissão disciplinar do órgão, a Lusa foi condenada e perdeu quatro pontos pela escalação irregular do meia Héverton contra o Grêmio, na última rodada do Campeonato Brasileiro.