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Cruzeiro proíbe torcidas organizadas de usarem a marca do clube

Do UOL, em Belo Horizonte

20/12/2013 14h24

Depois de brigas envolvendo torcidas organizadas, o Cruzeiro decidiu proibir que essas facções utilizem a marca do clube.  A medida foi tomada durante reunião do Conselho Deliberativo celeste na última quinta-feira.

O presidente Gilvan de Pinho Tavares, um dos idealizadores da ação, ainda informará as organizadas sobre a decisão dos conselheiros. “O próprio Conselho fez uma menção autorizando o presidente que tomasse providência com relação ao uso da marca Cruzeiro nos uniformes das torcidas organizadas”, disse o presidente do Conselho Deliberativo, Wilmer Santa Luzia Mendes, em entrevista a Rádio Itatiaia.

“Foi feito um abaixo-assinado, entregamos, colocamos em votação e foi aprovado por unanimidade. A partir de agora, a marca Cruzeiro está proibida de ser usada pelas organizadas”, acrescentou o conselheiro celeste. 

A diretoria do Cruzeiro está revoltada com as constantes brigas envolvendo membros das torcidas Máfia Azul e Pavilhão Independente. As duas facções se confrontaram por diversas vezes em 2013 e o último episódio dessa rivalidade foi no jogo contra o Bahia, quando o Cruzeiro perdeu por 2 a 1, no Mineirão.

Estava preparada uma festa pela conquista do Brasileirão, do lado de fora do estádio, mas por causa de uma confusão generalizada a celebração foi cancelada. Além de ter deixado os dirigentes frustrados e revoltados, a briga poderá acarretar em punições ao Cruzeiro.

O clube será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na próxima semana e pode perder de um até dez mandos de campos, além de multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil. O Cruzeiro já havia sido punido pelo confronto entre as torcidas no clássico contra o Atlético, no Independência, com a perda de dois mando de campos.

A diretoria ainda vai estudar com o departamento jurídico uma forma de vetar a exploração da marca. Porém, nos dias de jogos do Cruzeiro, já está definido que torcedores que estiverem utilizando uniformes de torcidas organizadas que utilizam a marca do clube não poderão entrar nos estádios.   

“É uma decisão que foi tomada porque as coisas estão tomando um rumo tão diferente, com as constantes brigas das torcidas Máfia Azul e da Pavilhão (Independente), que nossa decisão foi esta e esperamos  que, a partir de hoje, as coisas mudem na torcida do Cruzeiro”, ressaltou Wilmer Mendes.