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Em reunião, Nobre admite que não montará time de ponta no Palmeiras em 2014

27.11.2013- Paulo Nobre e Gilson Kleina concedem entrevista no Palmeiras - Mauricio Duarte/UOL
27.11.2013- Paulo Nobre e Gilson Kleina concedem entrevista no Palmeiras Imagem: Mauricio Duarte/UOL

Mauricio Duarte

Do UOL, em São Paulo

20/12/2013 12h51

Na noite da última quinta-feira, o presidente Paulo Nobre apresentou o orçamento do Palmeiras para 2014 ao COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), órgão que controla os gastos do Palmeiras. Ele revelou que não conseguirá montar um time de ponta em 2014 e que o dinheiro está curto. Os conselheiros pediram um tempo para analisar os valores e uma nova reunião foi marcada para o dia seis de janeiro.

“Vai ser um ano difícil. Vamos ter que cortar muitos gastos”, disse ao UOL Esporte Alberto Strufaldi, presidente do COF. Embora não tenha revelado os valores, ele adiantou que eles são insuficientes para fazer tudo o que é preciso. Por isso, a urgência em conseguir rapidamente um patrocínio máster, que não consta no orçamento apresentado por Nobre.

No encontro, o presidente do time alviverde revelou ainda que está sofrendo muito para conseguir contratar e que não será capaz de montar um time de ponta por conta dos preços que os atletas estão pedindo no mercado. “Ele disse que pelos preços que estão pedindo fica impossível montar time de ponta. E é isso mesmo”, afirmou Strufaldi.

Recentemente, o Palmeiras conseguiu  R$ 54 milhões de um fundo de investimento. A iniciativa já foi aprovada pelo Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) e terá como garantia o contrato da rede Globo de transmissão de jogos do clube. Agora, a diretoria analisa como será usado o dinheiro.

O montante foi obtido usando um processo denominado Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), por meio do banco Votorantim. Desta forma, os juros são mais baixos do que um empréstimo comum. O clube irá usar seus créditos futuros para pagar dívidas. Ou seja, irá movimentar um dinheiro que ainda não tem, mas irá receber futuramente.

Embora ainda não falem disso abertamente, os dirigentes irão usar o dinheiro do fundo para investir em contratações, pagar dívidas- como o empréstimo feito em nome do próprio presidente Paulo Nobre, de R$ 35 milhões – e também para melhorias na sede social do clube. enquanto o patrocínio máster não chega, essa foi a solução encontrada.

O Palmeiras vive uma situação financeira difícil e, justamente por isso, Nobre já disse em diversas oportunidades que não será "refém do centenário". Ou seja, não fará grandes loucuras. Dentro desse ponto de vista, o clube optou pelo contrato de produtividade, tanto para jogadores quanto para o técnico Gilson Kleina. Dessa forma, os salários são reduzidos e os vencimentos aumentam de acordo com metas alcançadas.