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Após polêmica, Anelka diz que não repetirá gesto considerado antissemita

Anelka comemora gol do West Bromwich com gesto considerado polêmico - IAN KINGTON/AFP
Anelka comemora gol do West Bromwich com gesto considerado polêmico Imagem: IAN KINGTON/AFP

Do UOL, em São Paulo

30/12/2013 15h35

O jogador francês Nicolas Anelka, do West Bromwich Albion, anunciou nesta segunda-feira que não voltará a fazer o gesto conhecido como "quenelle" - considerado por alguns como antissemita. A determinação veio do próprio clube inglês após a polêmica do último sábado, quando Anelka comemorou um gol com um braço estendido em direção ao chão e o outro sobre o peito.

O gesto repercutiu mundo afora e a Federação Inglesa de Futebol estuda se a atitude do jogador merece uma sanção. "O clube entende que esta maneira de festejar os gols pode ser mal interpretado e pediu a Nicolas que não faça mais isso", declarou o West Bromwich Albion em um comunicado em seu site oficial. "E o Nicolas concordou em cumprir a petição imediatamente", acrescentou o clube.

Com a repercussão do gesto, o jogador se apressou em negar que o mesmo tivesse uma conotação antissemita e explicou que a comemoração foi um meio de homenagear e apoiar seu amigo Dieudonné, um humorista francês condenado, em várias ocasiões, por sua posição antissemita. Dieudonné também foi o criador da "quenelle".

O West Bromwich anunciou também que, paralelamente à investigação da Federação Inglesa, também estudará o caso. O clube também declarou que não afastará o jogador até que o o processo esteja concluído.

Depois do caso de Anelka, a imprensa inglesa divulgou fotos recentes de outros jogadores franceses, como Samir Nasri (do Manchester City) e Mamadou Skho (do Liverpool), que também postaram fotos nas quais aparecem fazendo o gesto "quenelle". Ambos se desculparam e explicaram que não sabiam do significado do gesto, que é popular em algumas comunidades francesas. 

Recentemente, o governo da França anunciou que tentaria evitar o novo espetáculo de Dieudonné no país, uma vez que a apresentação poderia incitar o ódio e a discriminação.