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COF aprova orçamento de 2014 e Palmeiras terá R$ 20 mi de "extra"

27.11.2013- Paulo Nobre e Gilson Kleina concedem entrevista no Palmeiras - Mauricio Duarte/UOL
27.11.2013- Paulo Nobre e Gilson Kleina concedem entrevista no Palmeiras Imagem: Mauricio Duarte/UOL

Mauricio Duarte

Do UOL, em São Paulo

07/01/2014 16h54

O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras aprovou o orçamento do clube em reunião nesta segunda-feira. As receitas serão de cerca de R$ 220 milhões e as despesas, de cerca de R$ 200 milhões, o que dará uma margem de aproximadamente R$ 20 milhões de dinheiro extra para investimentos de última hora. Isso não representa, no entanto, que o time está livre de dívidas. É apenas o montante que poderá ser mobilizado financeiramente.

O COF considerou o orçamento apresentado pelo presidente Paulo Nobre consistente e não viu motivos para questioná-lo após uma análise. Os números foram apresentados ainda no final de 2013 e o órgão pediu um prazo para estudar a questão e dar o seu parecer somente no início do ano.

A única questão ainda pendente, e que não consta no relatório orçamentário, é o patrocínio máster. O clube alviverde ainda não fechou com nenhum parceiro para estampar sua marca na região mais nobre na camisa.

O Palmeiras vive uma situação financeira difícil e, justamente por isso, Nobre já disse em diversas oportunidades que não será "refém do centenário". Dentro desse ponto de vista, o clube optou pelo contrato de produtividade, tanto para jogadores quanto para o técnico Gilson Kleina. Dessa forma, os salários são reduzidos e os vencimentos aumentam de acordo com metas alcançadas.

Também por isso, no final do ano o Palmeiras acertou para receber R$ 54 milhões de um fundo de investimento. A iniciativa, também aprovada pelo COF, teve como garantia o contrato da rede Globo de transmissão de jogos do clube. Agora, a diretoria analisa como será usado o dinheiro.

O montante foi obtido usando um processo denominado Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), por meio do banco Votorantim. Desta forma, os juros são mais baixos do que um empréstimo comum. O clube irá usar seus créditos futuros para pagar dívidas. Ou seja, irá movimentar um dinheiro que ainda não tem, mas irá receber futuramente.

Embora ainda não falem disso abertamente, os dirigentes irão usar o dinheiro do fundo para investir em contratações, pagar dívidas- como o empréstimo feito em nome do próprio presidente Paulo Nobre, de R$ 35 milhões – e também para melhorias na sede social do clube.