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R. Moura apresenta estatísticas e pede trégua à torcida do Inter em 2014

Centroavante levou números que apontam média de um gol a cada três partidas, em minutos jogados - Jeremias Wernek/UOL
Centroavante levou números que apontam média de um gol a cada três partidas, em minutos jogados Imagem: Jeremias Wernek/UOL

Jeremias Wernek

Do UOL, em Gramado (RS)

13/01/2014 16h01

Rafael Moura usou a matemática para desabafar. Nesta terça-feira, o centroavante apareceu com uma série de estatísticas para pedir uma trégua aos torcedores. Nas palavras do jogador, os números mudam a visão de que seu ano de 2013 pelo Colorado foi ruim.

A cena foi atípica. Na segunda resposta da entrevista coletiva, no saguão do hotel em Gramado, Rafael Moura puxou um papel do bolso e pediu para ler os dados previamente selecionados.

“Eu trouxe uma cola com números e quero passar para vocês. Vou ler, é difícil decorar. Eu escuto críticas e o resultado final de partidas e gols é pífios, mas no meio de tudo tem uma explicativa e devo isto para vocês e para a torcida”, disse Rafael Moura.

Calmo, He-Man primeiro citou o número de minutos jogados pelo Inter e a quantidade de gols que marcou desde o segundo semestre de 2012.

“Eu tenho 1667 minutos jogados pelo Inter e seis gols. Se eu fosse titular, jogando 90 minutos, seriam 17 partidas e meia. Em 17 jogos a média aumenta. Joguei 39 partidas pelo Inter. Dezenove como titular e 20 como reserva. Dez vezes como reserva eu entrei faltando menos de 10 minutos. Tenho 42 minutos por partida em média. O titular joga 90 ou 95 minutos. A média de gols é 277 minutos para cada gol. A cada quase três partidas. Ou seja, a cada três partidas o Rafael faz gol”, argumentou.

Mais além, o jogador ainda citou a média de gols em relação ao tempo jogado dos concorrentes a uma vaga como titular no ano passado.

"O Forlán ano passado, no Brasileirão, fez cinco gols em 955. Um gol a cada 191 minutos. Eu fui o segundo, com três gols em 692 minutos. O Damião, que era o titular, fez cinco gols em 1794 minutos", disse.

A motivação para a coletiva cheia de números: a relação com a torcida, que em 2013 se tornou muito turbulenta.

“Estes números mudam um pouco a história de que até então eu não tenha feito uma grande temporada”, comentou. “Eu quero ter um convívio saudável com o torcedor, pois uma hora fica sufocante. Esta empatia do torcedor comigo vai aumentar e minhas atuações idem”, acrescentou.

O centroavante de 30 anos deverá ser o titular do Internacional na largada do ano. A chance é reflexo da chegada de Abel Braga, técnico com quem Rafael Moura trabalhou no Fluminense, além da saída de Leandro Damião e do afastamento de Ignacio Scocco.