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Asprilla, ex-Palmeiras, fala sobre tiros e tara por Juliana Paes

José Ricardo Leite e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

04/02/2014 06h00

Gola da camisa pra cima, andar cheio de marra no gramado e uma carreira fora de campo pra lá de polêmica. O colombiano Faustino Asprilla é daqueles que podem entrar para a lista dos maiores “malucos da bola” que o futebol já mostrou ao mundo. 

Com perfil vaidoso e polêmico, o ex-atacante do Palmeiras, Fluminense, Parma e Newcastle-ING, de 44 anos, recebeu no ano passado uma proposta inusitada, de acordo com a imprensa colombiana: ser estrela de um filme pornô. "Estamos convencidos de que o estilo de vida que ele leva e as polêmicas midiáticas que causa foram vitais para que fizéssemos uma proposta", disse Andrea Garcia, diretora da produtora que negociou com o ex-jogador.

Asprilla negou que a oferta, no valor de R$ 23 mil, tenha sido séria, mas revelou um desejo de fazer esse tipo de filme com uma pessoa especial. E é bom ela ficar atenta se cruzar com o “Rei do Gatilho”.

“Não, não recebi essa proposta. Foi uma história que saiu aí, oficialmente eu não recebi nada. Agora eu só gostaria de fazer um filme pornô se for com a Juliana Paes. Com ela eu faria sim”, falou. “Se for com a Juliana Paes eu faço. Não penso duas vezes;  jamais negarei. Ela é uma morena linda, espetacular”, insistiu.

Contracenar com Juliana Paes ainda é um sonho distante. A realidade de Asprilla é bem diferente. O ex-jogador fundou um time que só existe em categorias de base e tem como intenção revelar atletas. Adivinha o nome?

“Sou presidente do Club Atlético Faustino Asprilla. O clube trabalha com garotos de 17, 18 anos e disputamos o sub-17, sub-18 e sub-20 na Colômbia. O clube existe há três anos e formei com alguns amigos. Estou nessa agora”, falou, em entrevista ao UOL Esporte.

O colombiano diz hoje ser um cara tranquilo. Mas suas aventuras fora das quatro linhas tiveram muita emoção. Ele tem fama de “Rei do Gatilho” por diversas polêmicas com armas de fogo.

Já teve decretada ordem de prisão em 2000, na Colômbia, após chegar embriagado a uma balada e disparar tiros dentro do local. Sete anos antes, foi acusado de atirar em um hotel na turística cidade de Cartagena, também em seu país. Tudo porque, supostamente, queria que uma moça dançasse mais. Em 2008, foi acusado por fazendeiros vizinhos de dar tiros de fuzil em uma região agrária.

E se acha que as aventuras no tiroteio ficam apenas nos momentos privados, está enganado. Em 2003, quando jogava no Universidad de Chile, foi noticiado que deu dois tiros pro alto num treino como forma de “estimular” os companheiros.

O ex-jogador não confirma sua adoração por armas e joga a culpa para os seguranças que sempre o acompanharam na carreira. Respondeu as questões com bom humor e, ao final, até questionou em tom humorado se era algum policial que estava do outro lado da linha.
 

“Há 20 anos, na Colômbia, eu estava começando a ganhar muito dinheiro. Isso era perigoso pra mim e para minha família. E aí consegui seguranças para todos. O que aconteceu, (dos tiros) foi com meus seguranças, e a responsabilidade acabava sendo minha. Eu que era o jogador de futebol e a culpa ficava pra mim. O que a imprensa escreveu não aconteceu”, falou Asprilla.

“No Chile a arma não era real. Foi uma brincadeira. Depois eu mostrei na TV que era uma arma de brincadeira, não tinha nada a ver com uma arma de verdade. E naquele treino do Universidad não tinha ninguém, só jogadores, porteiros e o treinador. Fui acusado, mas fiquei livre de todas as acusações (de tiros e porte de arma). Aquela do fuzil foi com meus seguranças também. Se não eu estaria no cárcere”, falou, aos risos.

Agora a missão de Asprilla agora é revelar garotos e instruí-los. E diz que não transmite seu jeito bonachão de ser e dá dicas até para os jovens procurarem padres e terem uma vida regrada.

“Eu converso e oriento todos eles. Explico pra eles o que precisam fazer para se tornar um jogador profissional, falo como se comportar para ser um grande jogador e ter grandes pessoas em suas vidas. Digo pra valorizarem todas as coisas boas que passam nas nossas vidas. E que têm padres para ensinar outras coisas”, finalizou.

Asprilla defendeu a seleção da Colômbia nas Copas de 1994 e 1998 e foi um dos destaques da equipe que goleou a Argentina em um histórico 5 a 0 em pleno Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Ele fez dois gols e participou de várias outras jogadas que desconcertaram os argentinos.

PROPOSTA PARA FILME PORNÔ

  • Getty Images

    A informação foi do jornal argentino La Nación. Segundo a publicação, o ex-jogador do Palmeiras, Fluminense e da seleção da Colômbia teria recebido oferta de R$ 23 mil por uma semana de gravação. Segundo a diretora da produtora, Andrea Garcia, o perfil polêmico de Asprilla contribuiu para a decisão de entrar em contato com o ex-jogador. "Estamos convencidos de que o estilo de vida que ele leva e as polêmicas midiáticas que causa foi vital para que fizéssemos uma proposta", disse Andrea Garcia. Asprilla já fez um ensaio nu em 2007, onde apareceu como um anjo negro. Em entrevista na época, o ex-atacante disse não ver problema em aparecer sem roupa. "Eu não sinto pudor em nada, já tinha posado nu na Itália quando jogava no Parma. Além disso, eu vivo relaxado, não complico a vida".