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Gobbi diz não ser Conan e He-man para dar voz de prisão a "bandidos"

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

05/02/2014 12h22

O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, deu declarações um tanto quanto inusitadas depois de entregar para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos as imagens da invasão dos torcedores ao CT do Timão no sábado. Ele chegou até citar Conan e He-Man, dois personagens de desenho animado reconhecidos pela força.

“Eu não sou Conan, não sou He-man, para dar voz de prisão para 200 pessoas”, se justificou o presidente corintiano, que também é delegado, ao ser questionado do porquê não ter dado voz de prisão aos invasores.

Gobbi, que durante entrevista coletiva na última segunda-feira havia sinalizado que não iria mais dialogar com as torcidas organizadas, deu mais um passo nesse sentido ao criticar duramente os invasores. "Gostaria que esses bandidos fossem banidos de qualquer praça do Brasil".

O presidente do Corinthians também deu a sua explicação sobre o funcionamento apenas parcial das câmeras de segurança do CT do Timão no dia da invasão dos torcedores.

“O serviço é feito por uma empresa terceirizada. Não eram todas as câmeras que estavam funcionando, mas as que estavam são suficientes para identificar os bandidos”.

As câmeras do CT Joaquim Grava falharam durante parte da invasão do último sábado. Em uma avaliação interna, o Corinthians entendeu que houve um erro mecânico, mas, para aliviar qualquer suspeita, colocará o maquinário à disposição da Polícia Civil e do MP (Ministério Público).

A ideia é afastar qualquer suspeita de sabotagem. A notícia de que a filmagem não foi completa vazou na última terça, após uma matéria do ESPN.com.br. Segundo a reportagem, a falha aconteceu justamente no horário em que a invasão começou.

"Em hipótese alguma [foi sabotagem]. O pessoal da informática já viu que houve várias falhas ao longo do ano. Com o material que a gente colheu, já dá para conseguir bastante coisa", disse Valdir Dutra, chefe de segurança do Corinthians.