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Ex-jogador Piá tenta explicar suposta tentativa de roubo a caixa

Ex-jogador Piá, que foi preso por suspeita de participação em roubos a caixas eletrônicos - Reprodução/Facebook
Ex-jogador Piá, que foi preso por suspeita de participação em roubos a caixas eletrônicos Imagem: Reprodução/Facebook

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

14/02/2014 16h30

Solto na última quinta-feira depois de ser preso por suspeita de roubos a caixas eletrônicos, o ex-jogador Piá fez um desabafo e explicou que o caso foi um mal entendido que envolveu uma amiga de sua mulher.

Há aproximadamente 20 dias, a polícia militar encontrou em seu carro objetos usados para “pescar” envelopes de caixas. Piá, ex-Corinthians, Santos e Ponte Preta, ficou preso desde então em uma detenção na cidade de Hortolândia (SP), junto de sua mulher, Pablin Jéssica Gomes, também acusada de participar dos roubos. Recebeu habeas corpus e responderá em liberdade à acusação de furto qualificado.

Segundo Piá, os alicates, lâminas e outros apetrechos estavam em seu carro porque uma outra pessoa lá os esqueceu, e ele e sua mulher acabaram tendo que responder pelo crime.

“Minha esposa foi na casa de uma amiga que o marido tinha falecido há uns dois meses. E ela deixou uma sacola no carro que eu não vi o que tinha dentro. Quando os policiais me pararam numa blitz, eu nem sabia o que tinha dentro dela”, falou o ex-jogador ao UOL Esporte.

“Aí me levaram pra delegacia, e quando cheguei a imprensa toda estava lá. Eu disse pro delegado que não tinha nada a ver com isso, mas ele falou que eu tinha que ser preso porque o carro estava no nome da minha mulher e éramos responsáveis pelo que tinha dentro.”

O ex-jogador não explicou o porquê da amiga de sua mulher ter esse tipo de material e nem porque ficou em seu carro. Só tentou reiterar sua inocência. “Nem no banco eu fui. Usaram de uma pessoa pública, não tem filmagem nenhuma no banco que indique nada”, prosseguiu.

Ele disse que foi bem tratado na prisão e que foi reconhecido pelos presos. “O que mais tinha era ponte-pretanos e corintianos. Não tive problema nenhum lá, fizeram de tudo pra me agradar.”

Piá já tinha passado por um escândalo policial em 1999, quando foi acusado de coautoria do assassinato de um mecânico em Limeira, no interior de São Paulo. Na época, o então jogador da Ponte Preta foi tido pela Polícia Civil como o mandante do crime.

O ex-jogador teria dado a ordem para que o outro acusado pela morte do mecânico pegasse a arma em seu carro e fizesse o disparo. O atleta foi absolvido em julgamento anos depois. Também já teve passagem por não pagar pensão alimentícia ao filho.

  • Piá jogou no Corinthians em 2004 e também passou pelo Santos e Ponte Preta