Topo

Guerrero contraria presidente e diz que não foi "esganado" em invasão

Do UOL, em São Paulo

22/02/2014 23h49

Paolo Guerrero contrariou o presidente do Corinthians, Mário Gobbi, e disse que não foi agredido durante a invasão ao CT do Corinthians, no início de fevereiro. Segundo o peruano, houve um “mal-entendido” sobre os acontecimentos.

“A diretoria me falou para ir [depor]. Não tem nada para falar. Comigo não aconteceu nada”, disse Guerrero. Quando o repórter insistiu no assunto e perguntou se ele recebeu uma “gravata”, ele foi mais incisivo.

“Não, a mim nada. A mim não agrediram nada. Houve um mal-entendido. Todos os meus companheiros viveram um momento ruim, que ninguém queria”, resumiu Guerrero, em entrevista à rádio Globo após a vitória por 3 a 2 sobre o Rio Claro, pelo Campeonato Paulista. 

No dia seguinte à invasão, o UOL Esporte publicou que o atacante peruano recebeu um “enquadro” de alguns torcedores mais exaltados. Naquele mesmo dia, o presidente Mário Gobbi se pronunciou sobre o assunto, e revelou o que teria acontecido exatamente.

“O Guerrero foi esganado. O jogador que marcou o gol mais importante da história do Corinthians”, disse Mário Gobbi à Rádio Bandeirantes. Mais tarde, ele repetiria o discurso em diferentes entrevistas.

O relato dos funcionários do clube é de que Guerrero se assustou com a movimentação estranha no CT e, sem perceber a dimensão da confusão, saiu para uma área aberta. Ao dar de cara com os vândalos, ele teria sido “enquadrado”. A informação de que ele foi “esganado”, porém, partiu do presidente Mário Gobbi.

Guerrero é esperado para depor na Polícia Civil nesta segunda-feira. O peruano pode ajudar no processo que tenta identificar os autores da invasão, que trouxe um dia de terror a funcionários, jogadores e dirigentes do clube. Até o momento, três homens foram presos, e outros três estão foragidos.