Justiça paulista decide libertar três invasores de CT do Corinthians
Uma decisão do juiz da 17ª Vara do Foro Criminal da Barra Funda, dada nesta segunda-feira, determina que três torcedores que estiveram na invasão do CT do Corinthians, em fevereiro, sejam libertados. São eles Tiago Aurélio do Santos Ferreira , Gabriel Monteiro de Campos e Tarcísio Baselli Diniz. Fernando Wilson de Carvalho, que tinha mandado expedido mas estava foragido, também foi beneficiado.
O juiz informa no processo que não houve violência na invasão, mas os torcedores queriam apenas chamar a atenção. Ao rejeitar a denúncia, afirmou que não há nenhuma prova clara de vínculo entre os danos causados e os torcedores presos, e que o único ato em relação ao segurança do Ct foi uma tentativa de impedí-lo de comunicar a invasão a outras pessoas.
“Em suma, tudo não passou de um ato (nada abonador) de revolta dos torcedores. Fiéis que são e disso a própria equipe se vangloria -, queriam apenas chamar a atenção: fazer com que os jogadores honrassem os salários que ganham; mostrando um futebol verdadeiramente brasileiro. Isto posto, com fundamento no art. 395, III, do CPP, rejeito a denúncia. Expeçam-se alvarás de soltura clausulados e contramandado de prisão. P.R.I.C. São Paulo, 17 de março de 2014”, diz a decisão.
Os invasores tinham sido denunciados por três crimes: associação de três ou mais pessoas com o fim de cometer crimes; destruição de patrimônio alheio e contranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não determina.
A invasão do CT do Corinthians aconteceu em fevereiro, após o time sofrer uma goleada por 5 a 1 diante do rival Santos. Na ocasião, os torcedores estavam a procura de Pato e Emerson, alvos de crítica. Funcionários do CT relataram agressões e até furto de objetos pessoais como celulares.
Em contraste, a volta aos trabalhos de elenco após a eliminação no Paulistão, ocorrida no domingo, foi cercada por um ambiente tranquilo. Questionado se temia novos protestos agressivos da torcida, o gerente executivo do alvinegro, Edu Gaspar, não mostrou preocupação.
“Não pensamos nisso, não queremos pensar que isso volte a acontecer. É uma página virada interna, foi um fato lamentável, e fatos lamentáveis você tira da frente e coloca coisas mais importantes em volta. E agora, nesses últimos jogos, não podemos falar nada: a torcida tem apoiado, e vem se comportando como sempre se comportou”, afirmou.
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