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Após anúncio, Ceni diz que usará 2014 para "entender" aposentadoria

Do UOL, em São Paulo

10/04/2014 06h00

O goleiro Rogério Ceni anunciou no último dia 3 a confirmação de sua aposentadoria para o fim de 2014. Em uma raríssima entrevista coletiva na sala de imprensa do CT da Barra Funda, o atleta de 41 anos afirmou que não há chance de postergar a decisão para 2015. Agora, Ceni afirma usará o resto da temporada de 2014 para absorver e entender o fato que depois de mais de duas décadas deixará de jogar futebol profissionalmente.

"Foi bom ter falado [sobre a aposentadoria] porque eu ganho um tempo para me preparar para isso. Tenho ainda oito meses para me preparar e me fazer entender isso", afirmou o goleiro, após a vitória do São Paulo por 3 a 0 sobre o CSA, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, à ESPN Brasil. 

Apesar de dirigentes e até companheiros de elenco do São Paulo enxergarem o futuro de Rogério Ceni na política do clube, o goleiro projeta uma carreira como treinador de futebol. Assim como fez brevemente em 2012, quando - aproveitando-se de período em que se recuperava de grave lesão no ombro - visitou os treinos de Real Madrid e Barcelona, na Espanha, para conhecer métodos de treino, Ceni quer tirar um período de 2015 para estudar para a nova profissão antes de tentar o primeiro emprego. 
 
Nesta quarta-feira, contra o CSA, Rogério Ceni jogou de camisa amarela em homenagem ao presidente Juvenal Juvêncio. O goleiro não é o único que deixará o São Paulo em 2014: o mandato de Juvenal se encerra na próxima quarta-feira, quando ele dará lugar a Carlos Miguel Aidar, que vencerá a eleição após ter conseguido maioria entre os conselheiros eleitos no último sábado. Após prestar a homenagem em campo e junto com o elenco, que surpreendeu e emocionou Juvenal com máscaras no vestiário, Ceni elogia aquele que fez parte de sua carreira durante tanto tempo. 
 
"Numa historia mais recente do que conheço, trabalharei 12 anos com ele, foram 12 anos que convivi com uma pessoa empreendedora, centralizadora, e não considero isso um defeito, e sim uma característica. Eu sou assim. Acho que ele fez muito pelo clube, o São Paulo cresceu muito, o centro de Cotia, da Barra Funda, o Morumbi. Foi um período com oscilações, com muitas conquistas, algumas derrotas, o que faz parte quando você tem uma administração longínqua. Mas foi um grande cara, muito bom para os jogadores, para a administração. Acho que esse ultimo mandato ele não teve o mesmo sucesso dos demais, mas foi uma pessoa muito especial para a historia do clube. Poucos são os presidente que são cantados e lembrados a todo momento, e daqui a 30 anos acho que vai ser sempre lembrado com muito carinho. Acho que ele fez o que poderia ter feito pelo clube", completou o goleiro.