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De ex-camisa 10 do Real a guerrilheiro na Síria? Ele diz que não

Vídeo publicado em site russo mostra um guerrilheiro que seria o francês Lassana Diarra - Reprodução
Vídeo publicado em site russo mostra um guerrilheiro que seria o francês Lassana Diarra Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

10/04/2014 16h20

O volante francês Lassana Diarra, ex-jogador de Real Madrid, Chelsea e Arsenal, entre outros clubes europeus, foi acusado de ter se tornado um guerrilheiro na guerra civil da Síria. O boato surgiu nas redes sociais após um vídeo ser divulgado pelo site russo fisyria.com em que um militante se diz ex-jogador do Arsenal e que teria deixado “tudo para trás” para se juntar à Al Qaeda há dois anos no combate.

Diarra realmente defendeu o time inglês por uma temporada e chegou a ser o camisa 10 do Real Madrid durante a sua passagem de três anos na Espanha. Porém, o francês continua em atividade e usou as redes sociais para brincar com o boato.

“Na Síria. Que piada, amigos. Tenham uma boa noite”, escreveu Diarra em seu perfil no Twitter, além de publicar uma foto em um jatinho particular. Atualmente, o volante defende o Lokomotiv Moscou.

O advogado do jogador, Eric Dupond-Moretti, reforçou a negativa. “ Ele nunca colocou um pé na Síria. Isso é um absurdo. Ele não é um guerrilheiro, é um jogador do Lokomotiv Moscou”, disse, segundo o jornal inglês “Daily Mail”.

No vídeo de pouco mais de quatro minutos, o guerrilheiro que seria Diarra manda mensagens de apoio aos militantes do grupo na Ucrânia e oferece dicas e ajuda para a luta armada, além de explicar os motivos dos combates na Síria.

Diarra tem 29 anos e apareceu para o futebol no Le Havre, na França. Em 2005, chegou a Inglaterra para defender o Chelsea e também passou por Portsmouth e Arsenal. Em 2009, se transferiu para o Real Madrid e chegou a vestir a camisa 10 do clube.

Em 2012, mudou-se para a Rússia e jogou pelo Anzhi antes de chegar ao Lokomotiv Moscou. Sua última partida pela seleção francesa foi em 2010. 

De acordo com o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, a guerra civil no país já dura quatro anos e matou cerca de 150 mil pessoas.