O que mudará no futebol do São Paulo com Carlos Miguel Aidar?
Carlos Miguel Aidar será eleito presidente do São Paulo na noite desta quarta-feira. A diferença de 30 votos de vantagem, antes esperada, será maior porque o oposicionista Kalil Rocha Abdalla verá parte de seus aliados boicotar a eleição para tentar barrar novamente o projeto de cobertura do Morumbi, que será votado na mesma reunião que nomeará o sucessor de Juvenal Juvêncio. A partir de quinta-feira, então, o futebol do São Paulo começará a adquirir características completamente diferentes: haverá um novo organograma, com poder descentralizado e delegado a dirigentes setorizados.
Contrário ao modo como Juvenal governou nos últimos oito anos, Carlos Miguel Aidar não quer cuidar de todos os detalhes do futebol. A ideia do novo presidente é ficar responsável apenas pelos temas principais. Segundo o próprio Aidar, o organograma planejado prevê que o vice-presidente de futebol – cargo que agora será muito mais político do que executivo – e o diretor de futebol tenham autonomia para tocar o departamento sem informar o presidente de cada passo.
Enquanto o vice desempenhará função mais próxima à política, o diretor de futebol será o homem forte do clube no comando do time. Este cuidará do executivo e ficará responsável por todo o funcionamento do sistema. Nessa divisão, o futebol passará a ter organograma que se assemelha em alguns aspectos ao período entre 2011 e 2013, quando o então diretor Adalberto Baptista assumiu mais a execução e deixou o vice João Paulo de Jesus Lopes longe das decisões.
Nenhum desses novos nomes, no entanto, está definido. Aidar guarda a sete chaves e tenta não dar indícios. O cuidado antes da eleição é político: medo de insatisfazer alguns de seus próprios aliados.
A novidade proposta por Aidar é um diretor de relações internacionais. O presidente quer um dirigente que cuide de tudo que relaciona o futebol do São Paulo ao exterior. Este dirigente cuidará de negociações de compra e venda de jogadores com clubes estrangeiros, além do relacionamento com parceiros, como o Shandong Luneng, da China. Haverá também um diretor do futebol de base. Este, assim como o diretor de futebol e o diretor de relações internacionais, não precisará ser um conselheiro, mas também não será remunerado.
Mesmo com a nova hierarquia, o gerente executivo Gustavo Vieira de Oliveira, filho de Sócrates e sobrinho de Raí, deverá ser mantido. Seu cargo está previsto no organograma de Aidar. Existe a ideia, no entanto, de se criar uma superintendência entre o diretor e o gerente executivo de futebol.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.