Irritado com Palmeiras, pai de Kardec avisa que aceita ouvir outros clubes

Alan Kardec não vê a hora de renovar com o Palmeiras. Seu pai e empresário também não cansam de dizer que quer ver seu filho continuar na equipe do Palestra Itália. Mas a novela das negociações está esgotando a paciência do jogador e de seu estafe. Neste domingo, o agente do artilheiro palmeirense avisou que está aceitando conversar com outras equipes.

"Até agora, eu estava recusando, nem falando nada. Chegou proposta de R$ 80 mil a mais para mim e eu falei não. Mas agora não dá mais. Eu vou fazer o que for possível para que meu filho não volte para Portugal e eu não posso ficar a mercê do Palmeiras. Já abaixamos a nossa pedida três vezes, ficamos abaixo do que achávamos aceitável e, agora, não dá mais", disse o pai do camisa 14.

"Antes eu falava logo não. Agora, eu aviso para negociar com o Benfica. As pessoas falam que têm interesse, me perguntam quanto custaria e eu mando falar com o Benfica. Não posso ficar esperando. Há um ano, meu filho estava encostado em Portugal, atuando um minuto por jogo. E eu vou fazer de tudo para que isso não aconteça", completou. 

O contrato oferecido pelo Palmeiras é de cinco anos e é baseado na produtividade. O valor para a compra de seus direitos é fixado pelo Benfica em cerca de R$12 milhões. Esse valor, no entanto, é acordado verbalmente entre os presidentes e só serve para o Palmeiras. No papel, o valor fixado é maior e chega perto dos R$ 20 milhões. Para outra equipe interessada, o time de Portugal pode cobrar quanto quiser.

Na última reunião, o estafe de Alan Kardec abaixou a sua pedida no limite. Segundo eles, não há mais como reduzir o valor. O que mais irritou os empresários do atleta foi a diferença, considerada muito pequena perto do que já foi reduzido em relação à primeira proposta.

Além disso, Alan Kardec começa a ficar preocupado com seu desempenho e com uma possível lesão que possa prejudicar o seu futuro no futebol. "Será que se meu filho se machucar alguém ainda vai querer comprar? É muito perigoso e pode acontecer no esporte. Por isso, não posso ficar esperando o Palmeiras", disse ele.

Neste domingo, o artilheiro palmeirense marcou o gol que confirmou a vitória por 2 a 1 em cima do Criciúma. Na saída do gramado, ele falou sobre a situação.

"Tenho que ter muito equilíbrio para atuar (nessa situação). Não gosto de falar das negociações e pretendo manter essa postura. Já disse que quero muito ficar", disse o atacante "Já teve um desgaste físico e emocional grande. O próprio Gilson Kleina observou que eu estava chegando aos treinamentos bastante cansado. Claro que isso mexe comigo. Tudo tem acontecido pelo trabalho dentro de campo", completou.