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Após conversa com dirigente, Kardec deixa treino alegando gastrite

Do UOL, em São Paulo

24/04/2014 17h15

Alan Kardec foi a baixa do treino do Palmeiras nesta quinta-feira. Depois de participar normalmente de todo o aquecimento com o grupo de jogadores, o atacante teve uma breve conversa com Omar Feitosa, gerente de futebol, para depois conversar com Otávio Vilhena, médico da equipe, e deixar o treino alegando gastrite. 

Pouco antes de conversar com o artilheiro da temporada, Omar Feitosa já havia conversado com o técnico da equipe, Gilson Kleina, e seus auxiliares. No treino da última terça-feira, o atacante também se reuniu com sua diretoria. Ele cumpriu o cronograma de exercícios na sala de musculação da Academia de Futebol e foi direto para o prédio administrativo, enquanto que seus companheiros se direcionaram para os vestiários.

Kardec está envolvido na sua novela de renovação. Com o contrato de empréstimo terminando no dia 30 de junho, o camisa 14 já reduziu sua pedida salarial em três ocasiões, mas não conseguiu um acerto para estender seu vínculo. A proposta alviverde é inferior a que ele deseja, com cinco anos de duração. Seus direitos econômicos estão estipulados pelo Benfica em cerca de R$ 12,3 milhões.

Sem poder contar com o goleador, Gilson Kleina organizou o coletivo com um ataque alternativo, formado por Leandro e Marquinhos Gabriel. Se o jogador não puder realmente entrar em campo, a equipe que enfrenta o Fluminense neste sábado, às 21h, no Estádio do Pacaembu será: Fernando Prass; Wendel, Tiago Alves, Lúcio e Juninho; Marcelo Oliveira, Josimar, Wesley e Valdivia; Marquinhos Gabriel e Leandro. Vale lembrar que Bruno César, com lesão na coxa direita, é desfalque para as próximas partidas.

A última reunião entre dirigentes do Palmeiras não fez a negociação pela renovação com Alan Kardec avançar. Na noite de segunda-feira, na Academia de Futebol, a diretoria alinhou o que tentaria para renovar com o atacante e, ao apresentar as ideias nesta terça-feira, não teve resposta afirmativa.

Segundo o estafe do jogador, nesta conversa houve uma tentativa de acerto com diferentes valores, mas ainda longe do considerado mínimo aceitável pelo jogador. Mais do que isso, após se sentir desvalorizado com a condução do negócio, o camisa 14 passará os próximos dias analisando as opções para o seu futuro.

A diretoria alviverde começa a se preocupar. Os cartolas receberam a informação durante o feriado de Páscoa que o São Paulo não terá o menor pudor em atravessar as negociações. Já haveria até números acertados com o Benfica: R$ 14,5 milhões para manter o jogador e uma proposta salarial de R$ 350 mil. Os são-paulinos negam essa possibilidade.

Enquanto a notícia não estava no ouvido dos palmeirenses, a diretoria se apoiava no fato de que, até o fim de maio, Kardec não poderia assinar com ninguém.

As conversas com outros clubes ganharam força no fim da semana passada. Neste período, o diretor-executivo, José Carlos Brunoro, e Omar Feitosa se reuniram com os representantes do jogador. Após reduzir a proposta três vezes, eles aceitaram mais uma pequena redução e receberam o "sim" dos palmeirenses. Tudo dependeria de uma assinatura de Paulo Nobre, que não participou da reunião por estar no Rio de Janeiro, na eleição presidencial da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Na quinta-feira, ao voltar para São Paulo, o dirigente não gostou da proposta que havia sido acordada entre as partes. Pediu uma nova redução salarial e desagradou – e muito – o estafe do jogador. 

Além do São Paulo, que já abriu as negociações na visão da diretoria palmeirense, o Corinthians deixou claro ao estafe do jogador que topa negociar. Ao contrário dos são-paulinos, no entanto, eles preferem deixar o contrato de Kardec expirar para, então, conversar com o Benfica. O futebol do Oriente Médio também é uma possibilidade no futuro do atleta.

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