• ENTRE
Topo

Aidar chama Nobre de patético e Palmeiras de pequeno: "O choro é livre"

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

29/04/2014 10h13

O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, se manifestou na manhã desta terça-feira para responder as críticas do presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, pela negociação que tirou o atacante Alan Kardec do Palestra Itália e o levará ao Morumbi. Aidar negou falta de ética, chamou a manifestação de Nobre de patética e disse que o Palmeiras se apequena com tal atitude.

"O choro é livre", disse o presidente são-paulino, que chegou à sala de coletiva do Morumbi com uma sacola de bananas, em apoio ao episódio de racismo sofrido pelo lateral direito do Barcelona Daniel Alves.

Continua após publicidade
"Resolvemos falar coletivamente porque assim a versão é única e fica uma única história verdadeira, que é a do São Paulo. A manifestação do presidente Paulo Nobre chega a ser patética, demonstra infelizmente o atual tamanho da Sociedade Esportiva Palmeiras, que ano após ano se apequena com manifestações dessa grandeza. O São Paulo perdeu vários atletas nesse sentido, Dagoberto... Cafú e Antonio Carlos perdeu através do Brunoro, com uma ponte pelo Juventude", disse Aidar. 
 
Carlos Miguel Aidar confirmou o acerto entre São Paulo e Benfica, por 4,5 milhões de euros (R$ 14 milhões), mas falou que Kardec ainda não deu a resposta quanto à oferta salarial feita a seu agente. O contrato de Kardec será de cinco temporadas.
 
"Time grande briga pela permanência de seus atletas. O São Paulo obteve informações, algumas até dos senhores [jornalistas], e muito mais do que isso do pai do atleta, aberto a propostas, que a negociação com o Palmeiras se desenvolvia há meses e não se chegava a um denominador comum. Nós procuramos o Benfica, e com o Benfica o São Paulo já se acertou. Foram 4,5 milhões de euros. Com o atleta, não. A proposta ao atleta foi feita ontem [segunda-feira], pelo Marcos Casseb, agente do atleta. Esperamos que ele aceite", acrescentou. 
 
Nesta segunda-feira, Paulo Nobre criticou a diretoria do São Paulo por suposta falta de ética ao negociar com o atleta enquanto a negociação com o Palmeiras pela renovação do empréstimo não estava encerrada. Nobre citou o rival Carlos Miguel Aidar e se disse surpreso pelo fato de um dos fundadores do Clube dos 13 ter afastado os clubes rivais de uma relação amistosa. Aidar marcou um pronunciamento sobre o tema para as 10h desta terça-feira, no Morumbi.
 
"O São Paulo tem uma imagem de muito bem organizado que causa um certo ciúme nos coirmãos", ironizou o presidente são-paulino. "Quanto a ser ético ou não ser ético, enquanto a lei permitir que você procure seis meses antes e assine contrato de trabalho - o atleta pode seis meses antes de terminar seu vínculo assinar pré-contrato com outro que não o seu empregador -, não entendo que haja falta de ética", falou Aidar. 
 
Kardec tem contrato com o Benfica e estava emprestado até o fim de maio ao Palmeiras, no qual recebe hoje cerca de R$ 160 mil mensais. Ele gostaria de receber R$ 300 mil, mas os dirigentes alviverdes queriam enquadrá-lo no sistema de produtividade e, depois que o jogador reduziu seu pedido em três oportunidades, o atacante fechou com o diretor José Carlos Brunoro e com o gerente Omar Feitosa em R$ 220 mil. Paulo Nobre, no entanto, voltou atrás e resolveu barganhar por R$ 20 mil a menos, o que revoltou o jogador e seu estafe. Quando Kardec ouviu a proposta são-paulina por R$ 350 mil e o aviso do Benfica que já tinha aceitado a oferta de 4,5 milhões de euros, encaminhou a transferência.
 
Como Alan Kardec irá se transferir do Benfica para o São Paulo, será preciso esperar a reabertura da janela internacional. Ele só poderá atuar depois da Copa do Mundo, a partir do dia 14 de julho. Enquanto o contrato de empréstimo com o Palmeiras não é rescindido, Kardec fica impedido de assinar com o clube do Morumbi. Se o rompimento não for antecipado, ocorrerá a partir do dia 30 de maio, segundo o vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro.
 
Aidar também falou que outras contratações de impacto ainda serão anunciadas pelo São Paulo ao longo de 2014, e explicou o que, na sua visão, é ético e antiético nas negociações. "Ético é tentar adquirir o vínculo de trabalho, direitos federativos e econômicos, e antiético é subornar alguém", falou.
 

Seja o primeiro a comentar

Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.


publicidade