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Palmeiras racha ao apontar culpado por mau momento no Brasileirão

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

06/05/2014 06h01

O ambiente do Palmeiras não chega a ser de crise, mas o pessimismo pelas últimas atuações dentro e fora do gramado domina as alamedas alviverdes. Poucos enxergam uma solução para que o time volte à rota de vitórias e nem mesmo na hora de apontar o culpado pelos problemas os palmeirenses conseguem chegar à unanimidade. Paulo Nobre, Gilson Kleina e José Carlos Brunoro são os mais “votados”.

Do lado mais fraco da corda, neste caso, está Kleina. O treinador tem sido duramente criticado por torcedores nas redes sociais, nos estádios e também já perdeu o apoio da maior parte de conselheiros. As fracas atuações do time mesmo após cerca de 20 dias de treinamento jogam contra o seu trabalho.

Na última quarta-feira, ele teve seu nome bastante citado no COF (Conselho de Orientação e Fiscalização). O que o ainda mantém com certo prestígio no comando é a vontade de Paulo Nobre. O presidente palmeirense ainda aposta no sucesso de Kleina, especialmente por vê-lo com apoio entre os jogadores.

Outro que é bastante questionado é José Carlos Brunoro. Com salário na casa dos R$ 120 mil, o diretor-executivo não tem conseguido o sucesso que o consagrou na época de Parmalat. Mustafá Contursi, líder do conselho e voz muito ouvida por Nobre, é notoriamente o que mais trabalha pela sua demissão.

Ele tem ganhado adeptos com o passar do tempo e com os fracos resultados colecionados no futebol. O time não tem um lateral direito, não fez a reposição à altura após a saída de Henrique, não tem um patrocinador máster e outros pequenos problemas que acabaram ficando escondidos com outra novela: a saída de Alan Kardec para o São Paulo.

É este caso que fez Paulo Nobre perder apoio considerável. O presidente viu seu diretor fechar um acordo com o artilheiro da temporada e preferiu barganhar por mais desconto. Ele admitiu a postura em coletiva e disse que, sim, vetou o acordo entre Brunoro e o estafe do jogador. “Vou defender cada real do Palmeiras”, disse Nobre.

A atitude é o maior reflexo do que tem sido revertido em críticas pesadas a Nobre: seu estilo ditatorial de governar. Apesar de ter contratado profissionais para ajudá-lo a tomar decisões, ele nunca dá o braço a torcer e quer sempre ter a palavra final, relatam pessoas que trabalham no clube.

Nesta quarta-feira, o Palmeiras tenta esquecer os problemas. O time enfrenta o Sampaio Corrêa, no Maranhão, pela 2ª fase da Copa do Brasil. Uma vitória é como obrigação. Um tropeço é mais um ingrediente para aumentar a pressão.