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Presidente do Atlético-MG detona privilégios de trio. Sobrou até para Globo

Danilo Lavieri e Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

13/05/2014 11h32

O Fluminense, o Corinthians e o Flamengo foram alvos de ataques do presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, pelo o que considera privilégios dado pelo Governo a eles.

O primeiro alvo foi o time das Laranjeiras, que, de acordo com Kalil, não paga impostos, mas tem altos custos com salários de jogadores como Fred. Ao seu lado, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, tentou amenizar, mas deixou claro que todas as agremiações deveriam pagar taxas do governo.

"O Eduardo (presidente do Flamengo) pagou o imposto, e o Fluminense pagou o Fred. E o presidente foi atacado grosseiramente por trocar o técnico (após o Fla-Flu). O outro (Fluminense) não está pagando em dia, e está no veludo, comemorando", atacou Kalil, ao explicar que não porque não pode haver desigualdade.

"Fluminense não sei se está pagando imposto. No futuro, não será opção, terá de pagar imposto. Esse dilema não vai acontecer"; afirmou Bandeira de Mello, que ganhou, depois, o reforço dk vice do Fla, Vallim de Vasconcelos.

"Hoje, o torcedor me pede para não pagar imposto e trazer o Messi. Se instituírem uma punição para este atraso, como o rebaixamento, ele vai me pedir pelo amor de Deus para eu pagar", completou.

A defesa do time tricolor carioca veio de Toninho Nascimento, representante do Ministério do Esporte para o futebol. "Quem paga o Fred é a Unimed", disse ele, que é tricolor. Em seguida, propôs que poderia haver um teto salarial de   70% do custo do futebol.

Depois, já em outra mesa, sobre o Fair Play financeiro, Kalil usou outros exemplos do governo para atacar vários clubes que recebem patrocínio da Caixa Econômica Federal, como  Corinthians e Flamengo.

A crítica foi ainda maior para o time paulista. "Hoje, o Flamengo recebe um belíssimo patrocínio da Caixa, o Atlético-PR recebe um outro belíssimo patrocínio da Caixa, e o Corinthians também.  O Corinthians tem ainda mais. Recebeu de presente um estádio. E isso não pode. O que eu cobro é igualdade entre os clubes", esbravejou.

Por fim, Kalil ainda disse que a TV Globo perceberá o erro que faz atualmente ao dar privilégios para Flamengo e Corinthians. "Não acredito na espanholização do futebol. Porque temos um produto único nas mãos, com 12 times lutando pelo título e 12 para não cair. Eles vão perceber o erro em breve e vão corrigir isso" finalizou.