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Nobre começa ouvir pedidos por permanência de interino, mas ainda quer Luxa

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

14/05/2014 13h27

A demora para fechar com um treinador abre espaço para uma nova corrente no Palmeiras. Já há quem defenda no Conselho Deliberativo e no Conselho de Orientação e Fiscalização, o COF, que Alberto Valentim, técnico interino, fique no comando do clube até o fim da Copa do Mundo. A ideia também já tem a simpatia de atletas do elenco e do ex-presidente Mustafá Contursi, que disse ao UOL Esporte que "toda economia é bem-vinda", apesar de negar que tenha dado essa sugestão a Nobre. 

Mesmo assim, pessoas próximas a Paulo Nobre afirmaram à reportagem que o presidente quer fechar com alguém antes disso.

Uma reunião que invadiu a noite da última segunda-feira deixou Vanderlei Luxemburgo ainda mais como o favorito. Conselheiros que souberam do encontro afirmaram que tudo estivesse acertado após este encontro, mas a diretoria não confirmou.

Pelo contrário. Os diretores e o presidente, Paulo Nobre, tem adotado a tática de se calar durante a negociação. Na terça-feira, a reportagem do UOL Esporte encontrou o diretor-executivo, José Carlos Brunoro, em um evento de marketing esportivo e fez quatro perguntas sobre a situação do novo treinador.

Ele se esquivou de todas e respondeu apenas que não estava bravo com Luxemburgo pelo fato do treinador ter colocado no seu blog que conversa com o Palmeiras. No fim, questionado sobre o prazo para encontrar alguém, ele respondeu “que não tinha nada para resolver”.

Além de Luxemburgo, outro nome ventilado na imprensa foi o de Ney Franco. O ex-técnico do Vitória acertou com o Flamengo. No mesmo evento em que Brunoro esteve, o vice-presidente do time carioca Wallim de Vasconcelos afirmou que teve de correr para não perder a concorrência do Palmeiras. Ele ressaltou, no entanto, que o estafe de Ney não falou sobre o interesse alviverde e que o que fez correr foram as notícias divulgadas na imprensa.

Dorival Júnior é outro que tem seu nome citado. As “raízes palmeirenses”, como dizem os conselheiros, jogam a seu favor.